Cidadão

Oficina virtual orienta como prevenir e tratar a compulsão alimentar

Evento, que será transmitido na quinta-feira (12), é uma realização da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres

A Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SMPM) transmite, nesta quinta-feira (12), uma oficina sobre compulsão alimentar. O tema será abordado pela nutricionista Mirela Ferreira, que vai dar orientações sobre como prevenir e tratar esse transtorno. A live será exibida às 14h, no Instagram da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres.

Assim como a bulimia, ortorexia, anorexia e outros, a compulsão alimentar é um transtorno de comportamento nocivo em relação aos alimentos. No caso da compulsão, o indivíduo enfrenta uma sensação de descontrole, que pode incluir angústia e ansiedade, e é caracterizada por episódios recorrentes de ingestão de uma grande quantidade de alimentos em curto espaço de tempo.

A nutricionista Mirela Ferreira, que atua com nutrição funcional e esportiva, explicou que é importante esclarecer que o termo “compulsão alimentar” é comumente utilizado de forma inadequada. “Usa-se compulsão para falar de não comer doces ou outra comida específica, sendo que ela vem do transtorno alimentar e precisa ser tratada como tal. É um transtorno psiquiátrico que exige, em alguns casos, o tratamento medicamentoso; mas demanda principalmente um trabalho em equipe”, frisou.

O acompanhamento do paciente com compulsão alimentar pode ser feito por nutricionista com abordagem de Nutrição Comportamental, juntamente com psicóloga e psiquiatra. Alguns casos podem incluir também endocrinologista e educador físico. “É um processo mais complexo, e a abordagem da nutrição é essencial porque não se trata compulsão com dieta, mas com pilares que envolvem atenção plena e fazer as pazes com a comida, entre outras questões”, acrescentou Mirela.

O transtorno de compulsão alimentar é classificado conforme a frequência dos episódios, em muitos casos semanais. “Geralmente esse episódio ocorre em momentos que a pessoa está sozinha e, como consequência, traz um sentimento muito grande de culpa, remorso, melancolia e vergonha, pela dificuldade da pessoa de lidar com o pós. Então é preciso entender a relação com a comida e as emoções para tratar a compulsão”, disse a nutricionista.

Diretamente ligado às questões de autoestima, percepção corporal e insatisfação com a própria imagem, os transtornos alimentares são mais comuns em mulheres do que homens. Surgem, na maioria dos casos, na adolescência e juventude, mas podem afetar pessoas de todas as idades.

“Todos podem ser afetados, mas esse transtorno é mais comum em mulheres que são expostas nas mídias e redes sociais a uma necessidade de adequação, de se encaixar em um padrão de beleza e de corpo, que dita como se vestir e o que comer, acompanhado de um terrorismo nutricional. O alvo dessa mídia acaba sendo, muito mais, as mulheres, e por isso elas são mais prejudicadas”, detalhou a nutricionista.

Segundo a psicóloga e diretora de Empreendedorismo e Ações Educativas da SMPM, Lisnéia Rampazzo, a oficina desta quinta-feira (12) integra uma série de atividades do Centro de Oficinas para Mulheres, com foco na Saúde da Mulher. “Procuramos abordar temas que são pedidos pelas mulheres. Muitas se queixam de problemas com alimentação e, no período da pandemia, com agravamento dos quadros emocionais e todas as perdas que enfrentamos, a alimentação também foi influenciada. Por isso vamos falar sobre como prevenir, tratar e cuidar do corpo para que esse transtorno não prejudique tanto”, afirmou.

Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com a psicóloga e diretora da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Lisnéia Rampazzo, no telefone (43) 3378-0111.

 

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