Secretaria de Saúde conclui vistorias para o Levantamento de Infestação do Aedes
Trabalho de campo encerrou nesta sexta-feira (24), e agora inicia a compilação dos dados para mapear a situação do vetor na cidade
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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do setor de Endemias da Diretoria de Vigilância em Saúde, concluiu a etapa de vistorias em campo para o 4° Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). As vistorias começaram na segunda-feira (20) e percorreram 5% dos imóveis da área urbana de Londrina, incluindo residências e estabelecimentos comerciais.
Agora, o setor de Endemias dará início à apuração dos dados obtidos pelos agentes. Essas informações serão compiladas e analisadas para cálculo do índice de infestação e densidade vetorial do Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, o Zika vírus e outras doenças.
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De acordo com o coordenador de Endemias da SMS, Nino Ribas, os resultados do levantamento serão divulgados ao Comitê Gestor Ampliado contra a Dengue em Londrina. “Também faremos a comparação dos dados epidemiológicos e a incidência de casos para elencar as prioridades e nortear nossas próximas ações. E, mesmo com a execução do 4° LIRAa, mantivemos o atendimento aos casos suspeitos, notificados pelas Unidades Básicas de Saúde, e nos imóveis considerados de alto risco, que são os ferros-velhos, acumuladores, recicladores de grande porte, entre outros”, disse.
A SMS também divulgou, nesta sexta-feira (24), o boletim epidemiológico atualizado com a situação da dengue em Londrina. Desde janeiro deste ano, a cidade acumula 19.149 notificações da doença. Foram confirmados 7.151 casos e outros 11.308 foram descartados. Seguem em análise 690 casos, e oito óbitos foram confirmados como provocados pela dengue.
Ribas reforça que o período da primavera traz um aumento das temperaturas e a previsão é que a estiagem tenha uma trégua, com a vinda de chuvas espaçadas. Essas condições são ideais para o Aedes se proliferar, o que pode implicar em aumento dos casos positivos. “Precisamos da ajuda da população nesse que é o período que o vetor mais se agrada, porque o tempo de proliferação acaba sendo mais rápido. Todos devem fazer a vistoria semanal em seus imóveis, porque a maioria dos focos encontrados ainda está nos quintais. Mais de 90% dos focos estão dentro das casas, por isso precisamos de participação direta da população nesse enfrentamento”, ressaltou.
Além de eliminar os possíveis criadouros, que são os objetos que acumulam água, “o uso de repelente é outra medida que previne novos casos de dengue e outras arboviroses, principalmente quando há suspeita da doença ou o diagnóstico positivo”, complementou o coordenador da SMS.