Cidade

Documentário aborda influência inglesa em Londrina

Prefeito Barbosa Neto participa do documentário, produzido por Adriana Rouanet,  com depoimento sobre ações que estão resgatando a influência inglesa na cidade

O prefeito Barbosa Neto gravou hoje (22), durante 15 minutos, um depoimento para a produtora Adriana Rouanet, filha do ex-ministro da Cultura, Sergio Paulo Rouanet, que está produzindo documentário sobre a viagem dos ingleses a Londrina e a participação deles na construção da cidade.

A gravação do depoimento foi realizada esta manhã no Museu histórico Padre Carlos Weiss, que foi a antiga Estação Ferroviária de Londrina. De acordo com a produtora, o documentário poderá ser apresentado pelo canal inglês BBC.

Segundo a produtora, além da história da cidade, o interesse nasceu, ao conhecer o projeto da administração de resgatar alguns símbolos ingleses como as cabines telefônicas, ônibus e espalhar esses símbolos de Londres pela cidade de Londrina.

Durante a sua entrevista, o prefeito falou do surgimento de Londrina, com a influência dos ingleses e do projeto das cabines inglesas, que estão sendo instaladas pela Sercomtel desde 2009, com uma estrutura de 1,10m de largura e 2,50m de comprimento.  Já são nove implantadas em diversas localidades, como calçadão, Prefeitura, a Catedral Metropolitana e em frente à Acesf, na avenida Juscelino Kubitschek.

Barbosa Neto também abordou a padronização dos táxis na cor vermelha, que representa o retângulo da bandeira londrinense e presente na cruz e nos ramos de café constantes no brasão; e, no projeto desenvolvido em parceria com a Viação Garcia, para um ônibus de turismo interno modelo Double Decker, de dois andares.

O prefeito entregou, para Adriana Rouanet, cópias de cartas escritas originalmente por George Craig Smith, funcionário da Cia de Terras e chefe da primeira expedição às terras que viriam a ser Londrina. A primeira fala da malograda visita do príncipe inglês, que deveria ter chegado até Londrina, mas que não conseguiu passar de Cornélio Procópio por causa das chuvas. A segunda fala da visita de Mister Thomas e, também, do General Asquith, diretores da Companhia, a Londrina.

Barbosa ainda entregou o projeto do ônibus e cópias de mapas da cidade, em 1938 e 1939, com o desenho da Praça Marechal Floriano, ao lado da Catedral, que, para muitos, remete ao desenho da Bandeira Inglesa.

O prefeito comentou ainda que recebeu, durante as comemorações do aniversário de 75 anos de Londrina, em 10 de dezembro de 2009, o embaixador britânico, Alan Chalrton, e o cônsul geral britânico em São Paulo, Paulo Martin Raven. Eles vieram  prestigiar a inauguração das duas primeiras cabines telefônicas construídas nos moldes ingleses.
 
História

A relação de Londrina com os ingleses nasceu em 1922, quando o governo brasileiro convidou a companhia inglesa “Paraná Plantations Ltda, para cultivar algodão. A missão Montagu era chefiada por Lord Lovat, técnico em agricultura e reflorestamento.

O Lord ficou impressionado com a exuberância do solo norte-paranaense, de terras roxas, e acabou adquirindo duas glebas, ou seja, 350.000 alqueires paulistas, acrescido por aquisições posteriores, atingindo o total de 515.000 alqueires paulistas, para instalar fazendas e beneficiamento de algodão, com apoio da “Brazil Plantation Syndicate” com sede em Londres.

O empreendimento fracassou, devido à queda de preço do algodão e má qualidade das sementes no mercado. Na mudança de planos, para aliviar os prejuízos,  foi criada, na época, a Companhia de Terras Norte do Paraná.

O projeto fracassado do algodão  tornou-se o bem sucedido projeto imobiliário. E Londrina foi colonizada por ingleses. Seu nome significa “Filha de Londres”. O nome da cidade foi uma homenagem aos ingleses prestada por João Domingues Sampaio, um dos primeiros diretores da Companhia de Terras do Norte do Paraná.

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