Concurso Marco Londrina 100 anos divulga vencedores

Foi divulgado nesta semana o resultado final do Concurso Marco 100 Anos de Londrina, que propõs a criação de um marco simbólico para celebrar o centenário da cidade. Ao todo, foram recebidas 43 propostas, das quais três foram selecionadas como finalistas. A revelação do ganhador ocorreu nesta quarta-feira (10), justamente na data em que Londrina completou 91 anos. A cerimônia foi realizada no Sebrae da avenida Santos
Dumont, nº 1.335, bairro Aeroporto.

A proposta vencedora foi o projeto “Sementes do Centenário”, de Thiago Figueiredo Zani e equipe, que recebeu o primeiro lugar e um prêmio de R$ 50 mil. Em segundo lugar ficou “O Girador da Florada”, de Eliane Freitas Santos de Oliveira, premiado com R$ 30 mil. A terceira colocação foi para o projeto “Centro Cultural do Café”, de Beatriz de Oliveira, que recebeu R$ 20 mil.

De acordo com o assessor de projetos da Secretaria de Inovação e Inteligência Artificial (Seia), Luciano Rudnick, celebrar os 100 anos de Londrina por meio de um marco simbólico é fundamental para criar um registro permanente da memória coletiva da cidade. “O marco não apenas celebra uma data, mas materializa sua história, identidade e conquistas, conectando passado, presente e futuro. Ele fortalece o sentimento de pertencimento, valoriza o patrimônio cultural londrinense e inspira as novas gerações”, afirmou.

Os critérios de seleção estabeleciam que as propostas deveriam refletir a história, os valores, a diversidade cultural e o potencial de inovação de Londrina, além de estarem alinhadas ao Masterplan, plano estratégico de longo prazo para o desenvolvimento do Município. A participação era aberta a qualquer pessoa de Londrina ou de outras cidades do país, sem exigência de formação específica.

Segundo o proponente do projeto, Thiago Zani, o Lago Igapó II foi escolhido para ser palco do projeto, com o objetivo de refletir equilíbrio entre a paisagem natural e a vida urbana. A proposta traduz simbolicamente a história e identidade de Londrina. “O conjunto é formado por marcos monumentais, passarelas flutuantes e jardins filtrantes. O objetivo final é criar um símbolo, que se integra ao lago, o abraça e regenera, completando sua paisagem, conectando suas margens e transformando-se em um novo eixo de lazer, contemplação e apropriação pública”, comentou.

O secretário de Inovação e Inteligência Artificial do Paraná, Alex Canziani, destacou o caráter inovador e sustentável do projeto vencedor. “O projeto das ‘Sementes do Centenário’ tem essa questão de ser uma semente, remete ao passado, o visual dele é muito futurista também. Aliado a isso temos a questão da sustentabilidade, porque a ponte em si vai ter plantas para poder fazer filtragem, então eu acho que os autores tiveram a capacidade de pensar um projeto realmente muito completo e que com certeza vai ser mais
um ponto turístico da cidade de Londrina”, comentou.

De acordo com Thiago Zani, a proposta carrega elementos que buscam representar a tradição, história, natureza, e a inovação. “A forma das sementes remete às origens agrícolas e à construção da identidade econômica e histórica da cidade.A estrutura reinterpreta as tipologias das construções pioneiras estabelecendo uma conexão entre o passado e o presente. A escolha da madeira reitera esta ligação: um material tradicional agora utilizado com técnicas contemporâneas. Além disso, a utilização da proporção áurea reforça a harmonia intrínseca da natureza, valorizando tanto o desenho orgânico e fluido da proposta quanto as paisagens naturais que caracterizam Londrina”, explicou.

Propostas de nível elevado – O assessor de projetos da Secretaria de Estado da Inovação e Inteligência Artificial, Luciano Rudnick, ressaltou ainda que o concurso reuniu propostas de alto nível, o que tornou o trabalho dos jurados desafiador. “Os projetos vencedores se destacaram por sua qualidade, consistência e por apresentarem propostas completas, com elementos que realmente chamaram a atenção e dialogam profundamente com a cidade, foram além da estética ou da construção de formas. Apresentaram soluções inovadoras e uma visão de uso qualificado do espaço público, articulando funcionalidade, convivência, sustentabilidade e identidade urbana”, afirmou.

A expectativa é que a obra tenha início em 2026, após a viabilização dos recursos necessários. A entrega do marco está prevista para 2034, ano do centenário de Londrina. O valor para a execução do projeto é de até R$ 50 milhões.

Alex Canziani ressaltou o trabalho contínuo da Secretaria de Inovação na promoção de projetos estratégicos para o Estado e destacou a importância da iniciativa para Londrina e o Paraná. “Isso é muito positivo e nós estamos muito animados com as iniciativas que estamos fazendo e outros grandes projetos que estamos tratando para a cidade de Londrina. Nosso sonho é transformar Londrina na cidade da inteligência artificial, começando pelo próprio Masterplan. Queremos fortalecer o Paraná como estado da inteligência artificial, Londrina tem que ser a cidade da inteligência artificial”, disse.

Legado para Londrina – O Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (Ceal) esteve à frente da articulação do concurso, em conjunto com diversas instituições parceiras. As diretrizes foram debatidas coletivamente e as decisões estratégicas foram construídas em um grupo de comunicação criado especialmente para coordenar todas as etapas. “Toda a expectativa que foi gerada no início do concurso foi totalmente atendida. Nós tivemos 43 participações neste concurso, 38 selecionadas, e hoje três finalistas. Mas, o mais importante é deixar esse legado para a cidade de Londrina”, afirmou o presidente do Ceal, Marcos Dantas.

Também estiveram envolvidas na realização do concurso a Associação Brasileira de Tecnologia, Inovação e Comunicação (Abratic), a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), a Associação Norte Paranaense dos Engenheiros Ambientais (Anpea), o Instituto Estação 43, o Sindicato do Comércio Varejista de Londrina (Sincoval), o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Norte do Paraná (Sinduscon), o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos do Norte do Paraná (Sindimetal), a Sociedade Rural do Paraná (SRP) e o Sindicato da Indústria de Tecnologia da Informação do Paraná (TI Paraná).

Texto: Sabrina Heck, sob supervisão dos jornalistas do Núcleo de Comunicação (N.Com) da Prefeitura de Londrina