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Apras defende para o Prefeito manutenção da “Lei da Muralha”

Apras defende para o Prefeito manutenção da “Lei da Muralha”

Barbosa Neto se reuniu hoje com o vice-presidente da Apras Norte e representantes regionais que se posicionaram a favor da permanência da lei

O prefeito Barbosa Neto recebeu hoje (23), em seu gabinete, o vice-presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras-regional Norte), Wilson Obara, e representantes comerciais para discutir as Leis Municipais n° 9.869/2005 e n° 10.092/2006, conhecidas por “Leis da Muralha”. Durante o debate, os comerciantes colocaram-se favoráveis a manutenção da lei ao prefeito de Londrina.

A Lei Muralha, de 2005, dispõem sobre novos empreendimentos considerados pólos geradores de tráfego e ruídos, que ofereçam risco ambiental e demandem adequações na infra-estrutura urbana no perímetro por elas definido. A lei prevê que dentro do perímetro estipulado só poderá instalar-se supermercados com área de venda menor que 1.500m2 e lojas de materiais de construção e Home Center com área de venda menor que 500m2.

Os representantes comerciais acrescentaram ao debate a lei como uma forma de preservar os pequenos e médios supermercados, ou seja, as redes e supermercados regionais. A argumentação colocada foi que instalação de grandes redes de supermercados influencia negativamente no ganho das marcas locais, pois as centrais de compras dos grandes empreendimentos são fora de Londrina e região.

O prefeito Barbosa Neto destacou a importância de se reunir e escutar as reivindicações de uma categoria que ainda não havia sido ouvida. “É uma classe que até agora não tinha tido voz e que vem apresentar números que são contundentes e que precisam ser considerados nesse debate”, afirmou.

Barbosa Neto falou sobre a intenção de incluir outros segmentos na restrição. “Essa é uma ponderação minha, que precisa ser discutida com o Ippul. Mas vejo que não há diferenciação, por exemplo, de uma atividade comercial como um Shopping Center, que quando chega em determinada região mata todo o comércio pequeno local. Mas acho que isso ainda é um tema técnico que tem que ser discutido pelos técnicos do Ippul”, disse.

O prefeito destacou que o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Londrina (IPPUL) está realizando estudos sobre a lei. “Não cabe ao prefeito dizer se essa lei será mantida ou não, o Ippul está fazendo estudos, vamos aguardar esses estudos técnicos, para que eles possam contribuir de alguma forma para levar essa nova perspectiva para o plano diretor”, explicou o prefeito.

O vice-presidente da Apras-regional Norte, Wilson Obara, explicou que o posicionamento quanto à lei é de autonomia da Apras Norte. “O prefeito já tinha se pronunciado há um tempo a favor da manutenção da lei e nós viemos pedir esse voto da permanência. Só estamos posicionando que a lei foi respeitada por anos e questionamos o porquê agora colocar em questão novos empreendimentos e esquecer quem respeitou a lei até agora”, disse o vice-presidente da Apras Norte.

O representante comercial Marcos Tosato defendeu que a intenção manter o patrimônio dos clientes representados. “Hoje, se nós observarmos na nossa região, nós vendemos para os pequenos e médios supermercados regionais. A instalação de grandes redes influencia negativamente no nosso ganho, pois as centrais de compras dessas lojas são fora de Londrina. Isso faz com que as empresas comprem por lá, transfiram a mercadoria para cá e nós percamos o nosso faturamento. Assim, viemos conversar com o prefeito para apoiar a permanência da lei, que libera a construção de estabelecimentos de até 1.500 metros e que não causam tanto impacto”, explicou o representante.

Foto: Luiz Jacobs.

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