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Secretaria de Cultura recebe inventário histórico da avenida Duque de Caxias

Uma das principais avenidas de Londrina, agora tem fichas que identificam suas edificações, ajudando a contar a história da cidade e a manter viva a memória do local

Na manhã desta quarta-feira (15), a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, recebeu as fichas catalográficas do inventário realizado nas edificações da Avenida Duque de Caxias, uma das mais importante ruas comerciais da cidade. O trabalho abarcou o trecho entre a Rua Benjamin Constant e a Avenida Juscelino Kubitschek, na região central de Londrina, e deve ser colocado à disposição da população, por meio do Sistema de Informação Geográfica de Londrina (Siglon) no começo de 2022.

Foto: Secretaria de Cultura / divulgação

Ao todo, 121 fichas catalográficas foram produzidas pelo projeto Avenida Duque de Caxias: Patrimônio Histórico entre Transformações e Permanências, da proponente Camila Oliveira. Ela é arquiteta e urbanista, mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), na área de História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo, e especialista em Patrimônio Cultural e Identidades pelo Centro Universitário Filadélfia. Para realizar o trabalho, o projeto recebeu o patrocínio de R$ 40 mil do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina.

Segundo a diretora de patrimônio artístico e histórico-cultural, Solange Batigliana, por meio desse projeto foi feito um inventário arquitetônico de todas as edificações localizadas na avenida e que, agora, passarão a fazer parte da listagem preliminar de bens de interesse histórico de Londrina. Atualmente, a lista desses bens está disponível no Siglon, contendo mais de 400 fichas cadastradas. “A Avenida Duque de Caxias é uma das antigas de Londrina e uma das principais, seja pelo ponto de vista comercial, quanto pelo seu local de organização na vida da cidade, visto que ela interliga várias regiões. Para nós da cultura, a preservação cultural de bens móveis e imóveis é uma ferramenta importante para o pertencimento à cidade. Por isso, no campo do patrimônio histórico trabalhamos com parcerias, em que otimizamos a divulgação e a pesquisa que compõem a memória do Município”, explicou a diretora.

Foto: Secretaria de Cultura / divulgação

Além das fichas, foi feito um roteiro para que a população possa conhecer a história da avenida através de um levantamento das edificações e da observação das transformações que ocorreram nesta via. Para isso, foram utilizadas as informações da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação (SMOP) e do Museu Histórico de Londrina.

Conforme a docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina e uma das responsáveis pelo projeto, Eloisa Rodrigues, como o objetivo central do projeto foi documentar a história das edificações do centro histórico de Londrina, o que inclui a Avenida Duque de Caxias e os primeiros estabelecimentos comerciais que foram surgindo desde 1932, um dos resultados do primeiro objetivo mostrou que 65% das edificações da avenida são construções originais. Agora, segundo ela, pode-se alcançar um segundo objetivo, que é a proteção desse patrimônio do cotidiano da cidade de Londrina. “Percebemos a riqueza do material que coletamos e começamos a pensar em uma maneira de levar esse conhecimento de forma acessível para a comunidade. O roteiro histórico já é feito em muitas cidades do Brasil e seria uma maneira de disponibilizarmos esse conhecimento, de forma objetiva e com leitura tranquila, para todos os públicos. Poderíamos contar essa história de forma leve e divertida e permitindo que, em determinados momentos, pudessem ser feitas visitas guiadas, que são importantes ações de educação patrimonial”, explicou Rodrigues.

Lei Municipal nº 11.188/2011 – Pensando na importância da preservação do Patrimônio Cultural do Município de Londrina, a cidade conta com a Lei Municipal nº 11.188/2011, que criou os processos de listagem de bens de interesse de preservação e o processo de tombamento municipal, além do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural e o Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de Londrina. Este ano, a norma completou 10 anos, tendo projetos como o mencionado acima como um de seus desdobramentos.

Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com o secretário municipal de Cultura, Bernardo Pellegrini, pelo 3371-6602 e com a diretora de Patrimônio Artístico e Histórico-Cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Solange Batigliana, pelo 3371-6600.

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Ana Paula Hedler

Gestora de Comunicação, formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, especialista em Comunicação com o Mercado pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná.

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