Oficina de artesanato de coelhos de feltro recebe inscrições até segunda (21)

Mulheres que gostam de artesanato e querem uma fonte de renda extra no período da Páscoa podem participar do curso gratuito de coelho em feltro, oferecido pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM). As vagas são limitadas e as inscrições serão aceitas até segunda-feira (21), pelo WhatsApp (43) 9 9945-0056.

As aulas dessa oficina serão realizadas em duas terças-feiras, 22 e 29 de março, no Centro de Oficinas para Mulheres (COM). O endereço é Rua Valparaíso, sala 3 do Mercado Municipal Guanabara. Conduzido as atividades, estará a artesã Lourdes de Cássia Saloio, e a oficina integra as ações de capacitação profissional e apoio ao empreendedorismo feminino, promovidas pela SMPM.

Segundo a diretora de Empreendedorismo e Ações Educativas da SMPM, Lisnéia Aparecida Rampazzo, ainda há vagas para a oficina de coelho em feltro, e todo material utilizado será fornecido pelo COM. “Pensamos nesse tema em função da proximidade da Páscoa. É uma oficina cujo resultado pode gerar uma renda alternativa às mulheres que participarem”, comentou.

A artesã Lourdes de Cássia Saloio explicou que não é necessário ter conhecimentos de costura ou artesanato para esta oficina, pois as técnicas são simples e de fácil compreensão. “Qualquer mulher que tenha interesse poderá aprender, e é uma ótima oportunidade de renda extra. A Páscoa é uma data comemorativa muito rentável para quem trabalha com artesanato, talvez até mesmo mais que o Natal”, frisou.

Saloio comentou que também já foi aluna dos cursos do Centro de Oficinas, antiga Casa da Mulher, desde 1998, quando aprendeu a fazer caixas decoradas. “Na época, eu estava em férias do trabalho como funcionária pública. Vi a notícia e decidi me inscrever, o que foi ótimo, porque já fazia artesanato desde os oito anos, mas me abriu muitas portas. Estou feliz em poder ensinar e espero que, assim como o artesanato me ajudou como uma segunda renda, esse curso faça a diferença para outras mulheres também”, destacou.

Além de aprender a fazer os coelhos em feltro, que podem ser aplicados em guirlandas e quadros, as alunas vão aprender a decorar esses artesanatos, utilizando técnicas de fuxico e alinhavo. “Se feito com bastante capricho e dedicação, uma guirlanda pode ser comercializada por R$ 40, a depender do material utilizado”, contou a artesã.

Gestão de Negócios – E na próxima quarta-feira (23), às 14 horas, o COM sedia a aula inaugural do projeto “Gestão de Negócios voltado para o empreendedorismo coletivo”. A iniciativa é fruto de uma parceria da SMPM com a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários (Intes) da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

O encontro inaugural terá participação das mulheres que integram a Feira Arte Mulher. A diretora de Empreendedorismo e Ações Educativas da SMPM, Lisnéia Aparecida Rampazzo, adiantou que outras aulas serão realizadas pela equipe da Intes nos cursos de qualificação profissional oferecidos pelo Centro de Oficinas para Mulheres, o COM, com entidades parceiras, como o Senac.

“A ideia desse projeto é dar acompanhamento ao empreendedorismo coletivo. No dia 23, começa a assessoria ao programa da Feira Arte Mulher. E ao final dos cursos de qualificação profissional promovidos pelo COM, a equipe do Intes fará uma palestra de sensibilização abordando o empreendedorismo coletivo. A gente acredita que o empreendedorismo coletivo é muito importante, pois facilita que seus integrantes compartilhem conhecimento, recursos, estrutura, logística, para valorizar e agregar tanto o seu produto quanto o seu serviço”, frisou Rampazzo.

O coordenador da Intes-UEL, professor Sinival Osorio Pitaguari, explicou que a Incubadora é um programa de extensão da Universidade, que atua em diversos meios como cursos de capacitação, palestras, assessoria técnica e projetos de incubação de empreendimentos econômicos solidários, uma organização para o trabalho em formato coletivo.

Pitaguari explicou que os empreendimentos solidários também contemplam a organização de trabalhadores autônomos, como é a proposta a ser levada às artesãs da Feira Arte Mulher. “Elas desenvolvem seus produtos individualmente, fazem a comercialização, mas há alguns custos que elas poderiam compartilhar. Vamos fazer um estudo e conversar com elas sobre a possibilidade de criar uma associação de artesãs em Londrina”, citou.

A Intes presta serviços de capacitação e assessoria técnica, que poderá ser ofertada para essa futura associação de artesãs, ensinando gerenciamento, análise de custos, orçamento do trabalho e orçamento doméstico. “O intuito é que elas possam aprender a gerenciar melhor seu negócio, seja do ponto de vista individual como coletivo. Temos experiência com artesãs e mulheres camponesas, no assentamento Eli Vive, aqui em Londrina. São diversas possibilidades, mas o princípio geral da economia solidária que queremos trabalhar com essas mulheres são de que a união faz a força e que, juntas, elas podem potencializar seus negócios particulares”, reforçou o coordenador.