Cidadão

Unidades Básicas de Saúde ofertam tratamento em grupo contra o tabagismo

Nesta semana, foi lembrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, que visa a conscientização sobre os problemas de saúde que podem ser causados pelo tabagismo

Na última segunda-feira (29), foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, cujo objetivo é reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população acerca dos danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina lembra que o município oferta tratamento gratuito, por meio de atendimento em grupo, para quem deseja parar de fumar.

Os grupos são realizados por profissionais de saúde capacitados para atuação no Programa Municipal de combate ao Tabagismo, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Os encontros ocorrem durante todo o ano, e em cada grupo participam de cinco a dez pessoas.

Os interessados em buscar ajuda devem procurar a UBS mais próxima de sua residência para obter mais informações sobre as datas e horários em que os grupos se reúnem. Também é possível telefonar para a unidade.

De acordo com a coordenadora de Saúde do Adulto, da SMS, Juliana Marques, os pacientes atendidos nos grupos passam por uma avaliação dos profissionais de saúde, pela qual verifica-se o grau de dependência de cada paciente para, então, definir se será necessário apoio com medicamentos.

“Os pacientes também recebem informações sobre o tratamento e, nos grupos, são realizadas quatro sessões estruturadas que abordam diferentes temas. Os encontros contam com a participação de um mediador que ajuda os participantes a perceberem quais são os gatilhos que estimulam o vício, como bebida alcoólica, estresse, determinados locais que a pessoa frequenta, entre outros”, disse.

A coordenadora enfatizou, ainda, que o primeiro passo para quem quer parar de fumar é a decisão, pois a chance de sucesso no tratamento depende disso. “Quem está neste momento de querer parar de fumar deve procurar tratamento em uma unidade de saúde e não desistir. Lembrando que muitas pessoas não têm êxito na primeira tentativa, por isso às vezes elas vão precisar de uma segunda ou terceira tentativas, pois não é fácil cessar um hábito de muitos anos. Por isso, nós queremos estimular as pessoas a não desistir. Se, por acaso, o paciente perder uma sessão porque fumou um cigarro é importante prosseguir com as demais, não desistir e não se sentir mal por ter recaído”, ressaltou.

O trabalho dos profissionais de saúde integra a política nacional de controle ao tabagismo, por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), do Ministério da Saúde (MS). Seu objetivo é reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco no Brasil.

Foto: Ilustrativa

Malefícios – O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. O cigarro possui em sua composição cerca de 5 mil substâncias tóxicas, inclusive mais de 60 cancerígenas, como nitrosaminas, policíclicos e metais pesados (arsênio, cádmio etc.). Estas substâncias são associadas a cânceres de pulmão, além dos de esôfago e língua (nitrosaminas), de mama (policíclicos aromáticos) e de próstata (metais pesados).

O tabagismo também contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras.

Além disso, também existe risco para o fumante passivo (aquele que inala a fumaça de derivados do tabaco), podendo sofrer reações alérgicas, como rinite, tosse, conjuntivite e crises de asma, além de doenças pulmonares se a exposição for por longos períodos.

Dispositivos eletrônicos – A SMS também faz um alerta sobre os cigarros eletrônicos que, embora possam parecer inofensivos, fazem tanto mal quanto o cigarro convencional. Milhões de pessoas já usaram os chamados dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), sendo a maior prevalência entre jovens entre 18 e 24 anos, conforme o Ministério da Saúde.

“As pessoas têm a impressão de que os cigarros eletrônicos são menos agressivos, pois eles vêm disfarçados de aromas e sabores, mas eles também possuem concentrações de nicotina, além de metais pesados como níquel e chumbo, que são prejudiciais para a saúde de que fuma”, informou a coordenadora de Saúde do Adulto, Juliana Marques.

Por conta de seus malefícios, no Brasil a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidos desde 2009, por meio de uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) RDC 46/2009.

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Dayane Albuquerque

Gestora de Comunicação - Jornalista da Prefeitura Municipal de Londrina, especialista em Comunicação Organizacional

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