Palestra debate saúde na adolescência
O objetivo é buscar a integração entre os diversos setores da prefeitura e sociedade no auxílio de adolescentes do gênero feminino
Foi realizada hoje(24) no gabinete do prefeito Alexandre Kireeff, uma palestra com a professora Albertina Duarte Takiuti, para debater políticas públicas na área de saúde para adolescentes do gênero feminino. O objetivo foi apresentar a metodologia e o trabalho que é desenvolvido no estado de São Paulo através do Programa Saúde do Adolescente. Estiveram presentes representantes das secretarias de Saúde, Assistência, Cultura, Políticas para as Mulheres, Educação, Ministério Público e medicina da UEL. Foram debatidos diversos temas relacionados às dificuldades das mulheres na adolescência, tais como: gravidez na adolescência, violência contra a mulher, drogadição, doenças sexualmente transmissíveis (DST), questão de gênero e discriminação.
O Programa de Saúde do Adolescente tem por objetivos desenvolver ações fundamentais na prevenção contínua com ênfase à prevenção primordial, de modo que o adolescente sinta a necessidade de ter e resguardar sua saúde; assistir as necessidades globais de saúde da população adolescente, em nível físico, psicológico e social; estimular o adolescente nas práticas educativas e participativas, como fator de um desenvolvimento do seu potencial criador e crítico; estimular o envolvimento do adolescente, dos seus familiares, e da comunidade em geral nas ações a serem implantadas e implementadas.
A coordenadora do Programa Saúde do Adolescente e palestrante, Albertina Duarte Takiuti, destacou que é necessário a princípio haver igualdade de gêneros. “A saúde pública da mulher é desrespeitada. A mulher tem direito à saúde e tem que ser tratada precocemente. O mais importante é a acolhida que tem de ser feita para essas adolescentes”. A médica enfatizou que é necessário que se tenha trabalhos psicossociais e políticas públicas para auxiliar na prevenção e tratamento dessas mulheres.
Albertina Duarte destacou dados do Ministério da Saúde sobre o Paraná. Há cerca de 41.000 adolescentes grávidas, entre 10 e 19 anos e 12% das adolescentes do Brasil têm HPV, doença que pode mais adiante desenvolver um câncer de colo de útero, se não tratado. Ela sugeriu que sejam realizadas oficinas e criado um centro voltado para adolescentes.
A assessora especial para Políticas de Atenção à Criança e Adolescente de Londrina, Patrícia Grassano Pedalino, ressaltou a importância da integração entre os diversos setores do poder público e da sociedade. “Nós queremos sensibilizar os envolvidos para a mudança de paradigma, que é pensar o adolescente no contexto integral, individual e com suas especificidades próprias. É fundamental a atuação conjunta de diversas políticas.” Patrícia Pedalino mostrou dados do Censo 2010, que apresentou Londrina com 48.333 adolescentes, sendo que 48% estão em situação de vulnerabilidade social.
O secretário de Saúde, Francisco Eugênio salientou que o pensamento da política desta gestão é educar permanentemente população e profissionais de diferentes áreas. “Convidamos conselhos, Câmara e os demais setores a fazerem parte desta gestão. Com a contribuição deles, nós podemos superar as dificuldades.”
Foto:N.com