Equipes do Instituto Roberto Miranda vencem a Copa Paraná de Goalball
Projeto foi campeão tanto na categoria masculina quanto na competição feminina; iniciativa recebe patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio do Feipe
No último fim de semana, entre 18 e 20 de agosto, foi realizada em Irati a Copa Paraná de Goalball, que contou com a participação de sete equipes na categoria masculina e seis agremiações na competição feminina.
As equipes do Instituto Roberto Miranda, de Londrina, fizeram bonito, tendo vencido tanto o torneio masculino quanto o feminino de forma invicta. A equipe masculina sagrou-se pentacampeã da competição com três vitórias em três jogos, marcando 30 gols e não sofrendo nenhum. Na final, os atletas londrinenses superaram o Adea, de Francisco Beltrão, por 10×0. Desde o lançamento da Copa Paraná, em 2018, o time venceu todas as edições do campeonato.
Já a equipe feminina, estreante nessa competição, visto que retomou as atividades no final de 2022, também fez uma campanha impecável, com três vitórias em três jogos, tendo marcado 32 gols e sofrido 11. Na final, após um primeiro tempo ruim em que estava perdendo por 4 x 1, o time conseguiu se reestruturar e buscou a virada, vencendo a equipe Maestro, de Curitiba, por 9 x 6.
A participação na competição além de trazer o título para as equipes de Londrina, também serviu de preparação para as disputas do Campeonato Brasileiro. A equipe masculina irá participar da Série A do Brasileiro de 23 a 30 de setembro, e busca melhorar o desempenho obtido no ano passado, quando terminou em 4º lugar. E a equipe feminina disputará o Campeonato Brasileiro – Série B entre os dias 23 e 28 de outubro, tendo garantido sua vaga ao conquistar o vice-campeonato do torneio Regional Sul deste ano. Ambas as competições nacionais serão realizadas em São Paulo, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro.
Apoio – O projeto de goalball mantido pelo Instituto Roberto Miranda conta com patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio do Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos (Feipe), gerido pela Fundação de Esportes de Londrina (FEL). Enquanto a equipe masculina existe há 16 anos, o time feminino esteve em atividade entre 2007 e 2011, tendo interrompido seus trabalhos após esse período e retornado em 2022.
O treinador das duas equipes, Márcio Rafael da Silva, frisou que, além de promover a qualidade de vida, autoestima e valorização dos atletas, a prática do goalball tem proporcionado benefícios financeiros a eles.
“Por meio do patrocínio do Feipe, conseguimos oferecer remuneração a alguns participantes do projeto, e outros, tanto atletas quanto técnicos, recebem bolsas do projeto Geração Olímpica e Paralímpica, do Governo do Estado do Paraná. Também destaco o apoio dos nossos outros parceiros, a rede Almeida Mercados e a Apetit Soluções em Alimentação”, afirmou.
Regras da modalidade – Ao contrário de outras modalidades paralímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com três minutos de intervalo, e cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas.
De cada lado da quadra, há um gol com 9m de largura e 1,30m de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias, com o objetivo de balançar a rede adversária.
A bola, que tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg, tem um guizo em seu interior para que os jogadores saibam sua direção. O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso, não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas oficiais.
