Cidadão

Campeão Pan-americano e atleta olímpico, Josuel acompanha desempenho de novos talentos

Ex-pivô da seleção, que durante a carreira se destacou por seus ganchos perfeitos, é embaixador dos Jogos

Quem acompanha o basquete com certeza tem guardados na memória os ganchos perfeitos de Josuel, ex-pivô de Corinthians, Flamengo e Seleção Brasileira. Durante seus mais de 20 anos de carreira, que tiveram como auge o ouro nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg em 1999 e a participação nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, essa foi a jogada que mais o marcou, e também o modo como ele mais pontuava.

Hoje já aposentado, Josuel é um dos embaixadores dos Jogos Escolares da Juventude, em Londrina, no norte do Paraná. Com olhar bem atento durante a disputa das semifinais da 3ª Divisão do basquete feminino, nesta sexta-feira, ele falou sobre a importância do evento, e sobre a qualidade dos jovens atletas que disputam os Jogos. “Infelizmente não tive a oportunidade de disputar uma competição como essa. Comecei a jogar basquete aos 12 anos, no Guarujá, incentivado por um tio com quem morava na época. Mas poder fazer parte dos Jogos Escolares é de extrema importância para toda essa garotada, porque é algo que vai além do jogo de basquete. O intercâmbio cultural que eles têm aqui é inigualável. Sobre a parte esportiva, essa é uma oportunidade única principalmente para os atletas das cidades mais afastadas do norte e nordeste chamarem a atenção, já que muitos técnicos e olheiros de seleções de base estão acompanhando os jogos. Temos muitos talentos nessas regiões que precisam ser mais bem trabalhados, e os Jogos Escolares podem ser o pontapé inicial para isso acontecer”, disse Josuel.

Também presente em todos os dias na clínica de basquete 3×3 que está sendo promovida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) no Centro de Convivência dos Jogos, Josuel faz questão de estar o mais próximo possível dos jovens atletas, e fala sobre o prazer que sente ao ter esse tipo de contato: “Isso é a parte mais legal, é quando volto a me sentir criança. Aliás, acho que nessas horas me divirto mais do que os próprios garotos. Na minha opinião, isso tem muito mais valor para as crianças do que só ver o atleta, ou tirar uma foto”, disse Josuel, que completou: “O menino que mais se destacou foi justamente o mais baixinho, que tinha passado mal à noite e não pôde entrar em quadra com a escola dele. Então, aquele momento ali foi o mais importante para ele durante a competição. E eu gosto de brincar, instigar a garotada. Faço cesta e provoco, depois eles devolvem a provocação. Acho que ser embaixador é isso, poder interagir de uma maneira que as crianças jamais irão esquecer”, finalizou o ex-pivô.

Atualmente morando na cidade de Agudos, no interior de São Paulo, Josuel comanda um Projeto do IGSE (Instituto de Gestão Sustentável do Esporte), que tem ninguém menos que a Rainha Hortência como madrinha: “Atuo como coordenador do pólo de Bauru, e como estou terminando a faculdade de educação física, já comecei a dar algumas aulas de basquete para a criançada. É um projeto muito grande, com captação de recursos do governo, que dá toda a estrutura para que o basquete possa se desenvolver da melhor maneira possível em toda a região”, explicou Josuel.

Nesta sexta-feira à tarde, acontecem as duas semifinais da 1ª Divisão do Basquete Masculino nos Jogos Escolares da Juventude. Às 14h, o Colégio Amorim (SP) enfrenta a Católica de Brasília (DF). Logo depois, às 15:30h, o Colégio Marista de Londrina (PR) joga contra o Colégio Pitágoras (MG).

Os Jogos Escolares da Juventude são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico do Brasil, correalizados pelo Ministério do Esporte e Organizações Globo, com apoio da Prefeitura de Londrina e patrocínio máster da Coca-Cola.

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