Ação visa conscientizar a população sobre os perigos das armas de brinquedo e destruir aquelas apreendidas em processos judiciais
Neste sábado (4), as crianças que têm armas de plástico poderão levá-las no Calçadão de Londrina para trocá-las por um novo brinquedo. A ação faz parte do Manifesto pela Paz e pelo Desarmamento Infantil, que acontecerá das 9h às 12, em frente ao Banco do Brasil, que fica na avenida Paraná.
A intenção do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e do Conselho Municipal de Cultura de Paz (Compaz) é chamar a atenção da população para os perigos das armas de brinquedos que podem vir a ser utilizadas em crimes. Por isso, todas as crianças que entregarem uma arma de mentira ganharão um brinquedo novo.
Durante a ação, as armas de brinquedos entregues pelas crianças serão destruídas juntamente com aquelas apreendidas em processos judiciais. A destruição destes materiais será feita pela Cooperativa de Reciclagem a Coopermudança, que disponibilizará uma prensa hidráulica para isto. A secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Sônia Medeiros, também participará da iniciativa. Para ela, é importante que as pessoas participem desse evento para ajudar no combate à violência. “É importante que as pessoas levem as crianças e as ensinem, porque eu mesma errei dando ‘arminhas’ de brinquedo para meus filhos. Hoje, temos consciência dos perigos e do estímulo à violência que está incutido nesses brinquedos. Por isso, levar as crianças é uma questão de educá-las de preferência ainda na primeira infância no combate à violência”, disse.
Pioneirismo de Londrina
Em Londrina, a venda de armas de brinquedo é proibida desde 2003, por meio da Lei Municipal 9.188. Em 2011, com a publicação da Lei Municipal 11.309, a Prefeitura e a Câmara de Vereadores passaram a fornecer selos de certificação às empresas que requeiram junto à Secretaria Municipal de Fazenda e ao Legislativo. Hoje, há 50 lojas que possuem selo “Arma não é Brinquedo”.
Londrina é pioneira na legislação referente ao assunto e inspirou, no ano passado, o Distrito Federal a criar uma lei que proíbe a venda de armas de brinquedo em seu território. O estado de São Paulo também promulgou uma lei igual em janeiro. Há outro projeto tramitando há dois anos no Congresso e um projeto de lei estadual em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná com o mesmo fim.
