Kireeff aos médicos: um novo jeito de administrar
Em três horas de exposição, o prefeito mostrou como está enfrentando os desafios da saúde e surpreendeu com a quantidade de obras concluídas ou em andamento, e investimentos feitos na Saúde e outros setores. Também ouviu sugestões
Na prestação de contas para público específico e formador de opinião, o prefeito Alexandre Kireeff falou ontem (11), na Associação Médica de Londrina. Durante cerca de três horas, fez uma “radiografia” da realidade atual – bem diferente da situação adversa que encontrou dois anos atrás. Apontou dificuldades, mas usou parte do tempo mostrando o que está sendo feito, apesar dos percalços, e vislumbrou o que se pode esperar para os próximos dois anos. Como o público era formado por médicos, a exposição focou na gestão da saúde, mostrando também muitas obras – iniciadas, em andamento ou já concluídas. Além da Saúde, essas obras estão na Educação e no sistema viário, como a abertura, ampliação e extensão de avenidas.
Dados e fotos impressionaram os participantes, segundo eles próprios, que sugeriram maior divulgação, pois não estão acostumados a ver essas informações na mídia.
Austeridade com dinheiro público
Usando comparativos em números e gráficos, Kireeff expôs sobre a redução nos gastos da máquina administrativa – e uma economia de guerra em todos os órgãos da Prefeitura -, esforços que possibilitaram a execução de obras e recape asfáltico no centro e em dezenas de bairros, término do 4º trecho do Calçadão e revitalização do Bosque, em andamento. Após a apresentação, houve perguntas e sugestões. No final, vários médicos se mostraram satisfeitos com o que viram e afirmaram que, para eles, a administração “está no rumo certo”. Manifestaram aprovação e apoio, entre eles o presidente da Associação Médica, dr. Antônio Caetano de Paula, e o ex-prefeito Dr. Luiz Eduardo Cheida. Outros médicos estenderam seus elogios ao secretário de Saúde, Mohamad El Kadri.
Números que impressionam
Nesses dois anos, a Prefeitura reformou 16 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e construiu mais duas. A meta é reformar 39 UBSs, das 53 existentes. Além das UBSs, está em construção a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Leste Oeste
e foram adquiridas ambulâncias. E quanto aos serviços de Raio-x, que havia apenas um, com atendimento reduzido a 16 horas, hoje há dois aparelhos, que funcionam 24 horas.
A Prefeitura também contratou considerável número de profissionais para a saúde. Pulou de 2.790 em dezembro de 2012 para 2.892 atualmente. No mesmo período o número de novas contratações de médicos passou de 359 em janeiro de 2013 para 466 neste mês (dezembro de 2014), não contando reposições.
As equipes de Saúde da Família também aumentaram. De 73 equipes no início de 2013, hoje são 94 e a meta, segundo o prefeito, é chegar a 120 equipes no próximo ano. A oferta de serviços de saúde teve avanços em qualidade e quantidade. O número de procedimentos médicos nas unidades de saúde aumentou, em média, 10%. A Secretaria da Saúde constatou que há pessoas que dão preferência ao atendimento da rede municipal de saúde, o que indica que a qualidade de atendimento melhorou. Há um item que preocupa o prefeito, a demora no atendimento por hora de chegada. A demora foi reduzida, mas ainda está muito abaixo do esperado. “Não se concebe que um ser humano permaneça mais de três ou quatro horas numa fila”. Sobre esse problema o prefeito recebeu algumas sugestões.
Ao mostrar a Unidade de Saúde do Sabará, cujo prédio estava praticamente pronto quando assumiu, o prefeito lembrou que naquela oportunidade assinou um decreto lei estabelecendo que nenhuma obra poderá ser inaugurada em Londrina sem que esteja devidamente equipada. Motivo: para se evitar que administradores entreguem como sendo concluídas obras inacabadas ou sem o necessário equipamento e pessoal especializado para atendimento imediato.
Feita a observação, o prefeito continuou apresentando números de obras realizadas, na Saúde, na Educação e em demais setores. Um item que melhorou muito – conforme dados apresentados na oportunidade – foi o atendimento em ortopedia, que era precário. Em cobertura vacinal, Londrina tem um índice alto, está com 95% com meta para chegar a 98%. Já com relação à dengue, a relação de casos por habitante é uma das mais baixas do Paraná. Um exemplo é o que ocorreu ano passado: enquanto a maioria dos municípios da região chegou ao estado de epidemia, a incidência em Londrina se manteve inalterada mesmo no período crítico.
Fora da Saúde, a palestra mostrou medidas que foram tomadas para tornar a cidade mais receptiva a investimentos. Com nova matriz econômica a cidade vai arrecadar mais e melhorar a prestação de serviços. Rapidamente o prefeito apresentou dados sobre as mudanças no Marco Regulatório, que será um divisor de águas na política de investimentos e empreendedorismo.
Fotos: Luiz Jacobs