Gestão da PR 445 traria benefícios ao Município, afirma Kireeff

Obras no trecho Londrina-Mauá da Serra levariam 3 anos para serem concluídas. Recursos viriam de financiamentos do Governo Federal
Com a finalidade de estruturar um novo eixo de desenvolvimento industrial e comercial para Londrina e o Paraná, além de garantir mais segurança aos motoristas que trafegam pela PR 445, sentido Londrina-Mauá da Serra, o prefeito Alexandre Kireeff anunciou, nesta sexta-feira (dia 20), em entrevista coletiva, a intenção de o Município fazer a gestão e duplicação da rodovia. O pedido de Delegação de Competência, válido por 25 anos, foi protocolado na última quarta-feira (dia 18), no gabinete da Casa Civil do Governo do Paraná, em Curitiba.
Segundo o prefeito de Londrina, análises iniciais demonstram que o projeto é viável. “Estudos preliminares da Prefeitura, tanto do ponto de vista financeiro quanto legal, apontam para a viabilidade. No entanto, vamos aguardar o Governo do Estado se manifestar a respeito da nossa intenção para que possamos nos aprofundar nos estudos técnicos e financeiros”, explicou.
O investimento necessário, variável em função do projeto final, seria em torno de R$ 210 milhões, que viriam de financiamentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Estes recursos não comprometeriam os investimentos na gestão da cidade, como a pavimentação asfáltica ou saúde. São recursos que têm outra forma de incorporação ao orçamento e receitas próprias para serem pagos”, ressaltou. Por conta do seu equilíbrio fiscal, o Município de Londrina conta com a capacidade de contratar, caso seja necessário, até R$ 1 bilhão em financiamento em função do seu equilíbrio fiscal.
Inovação no modelo – O modelo de gestão do trecho da PR 445 se diferencia dos atuais porque a
Prefeitura gerenciaria e administraria o trecho, executando a obra de duplicação e fazendo sua manutenção. A ideia é instalar uma praça de pedágio com valor bastante acessível ao usuário (próximo a R$ 5,00), no trecho duplicado, em que o dinheiro pago seria totalmente revertido ao Município. “A administração ficaria a cargo da Prefeitura. Toda a receita do pedágio seria revertida em benefício da própria cidade”, disse Kireeff.
A obra levaria pouco mais de 3 anos para ser concluída e se pagaria em 12 anos. Isso seria vantajoso para Londrina, pois o pedido de Delegação de Competência é para no mínimo 25 anos. De acordo com o prefeito, no Brasil, não existe nenhum modelo similar de delegação de competência entre o governo estadual e municípios.
Participaram da entrevista coletiva os secretários municipais Marcio Stamm (Chefe de Gabinete) e Daniel Pelisson (Planejamento, Orçamento e Tecnologia), o vereador Professor Fabinho (presidente da Câmara Municipal de Londrina) e o deputado estadual Tercílio Turini.
Fotos: Vivian Honorato




