Cidadão

Capstyle na Quebrada leva arte para União da Vitória 6 neste domingo (15)

O evento terá início às 10h, com atividades, oficinas, música e exposição totalmente gratuitas

Levar a arte do grafite para espaços invisíveis e contribuir para a descentralização das atividades culturais na cidade. Esses são os objetivos do Capstyle na Quebrada, evento promovido pelo produtor cultural, bibliotecário e rapper londrinense Leandro Palmerah em conjunto com o Coletivo Capstyle de grafiteiros.

Neste domingo (15), toda a comunidade poderá participar de atividades, oficinas, discotecagem e até exposição de fotografia de forma gratuita no bairro União da Vitória 6. A programação, que terá início às 10h, conta com patrocínio do Promic.

Um dos destaques do Capstyle na Quebrada é a oficina de grafite, atividade aberta para a comunidade e ministrada pela grafiteira Kenia Kuriki. “Um dos principais objetivos do projeto é levar a arte para a comunidade e proporcionar um dia de vivência diferente para os moradores da região”, explicou a artista. “Nós já fizemos uma ação dessa lá no Aparecidinha, e agora nós vamos fazer a segunda ação lá no União da Vitória. Trazendo para a comunidade um contato com a arte e levar os artistas até esses lugares para poder conviver com essa realidade, ver o que acontece no entorno e, ao mesmo tempo, colorir o espaço, deixar o ambiente transformado através do grafite”.

Kuriki disse que acredita muito no poder de transformação que a arte tem, não só o grafite, mas qualquer vertente artística. “O impacto que o grafite traz na vida dos jovens, crianças e adolescentes, é muito grande. Eu faço grafite desde 2015, já dei oficinas para algumas turmas, e alguns desses alunos se tornaram profissionais e hoje vivem dessa arte e estão crescendo nesse ramo. É uma esperança de trazer uma profissão, além de ser uma terapia também – pois expressamos o que sentimos – também uma forma de renda extra, podendo viajar, conhecer novos artistas e trazer novas referências”.

O evento também contará com uma exposição de fotografia advinda do projeto Favela Library, iniciativa encabeçada também por Palmerah. O objetivo é criar uma rede de bibliotecas comunitárias que tem como proposta mostrar o encanto que a leitura possui e também trabalhar a musicalidade, além de combater a evasão escolar. “A atividade de exposição será na perspectiva do fotógrafo, as atividades do projeto foram realizadas em escolas, ruas e espaços culturais pela cidade”, explicou

Com o final do ano se aproximando, o bibliotecário relembrou as edições de 2024. “A comunidade recebe muito bem a arte de rua e contribui com a atividade, é surreal a recepção nas favelas, as pessoas são simples e se conectam. A energia é incrível, todos querem um Grafiti na sua casa”.

“Eu tenho muita gratidão e muita alegria em participar de um evento como esse, porque eu acredito que essa é a verdadeira essência desse elemento do hip-hop, do movimento hip-hop em si”, frisou Kenia. Fico muito feliz, pois acredito que quanto mais a gente tornar a arte acessível para um público que não tem acesso, mais vidas serão transformadas”.

Texto: Maria Dalben, sob supervisão dos jornalistas do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina.

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