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Treinamento capacita GM para atuar na Patrulha Maria da Penha

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Termina amanhã (28) o treinamento que capacita os guardas municipais para prestar atendimentos às mulheres vítimas de violência doméstica

 

Desde segunda-feira (25), 20 guardas municipais estão participando de uma capacitação para implantação do projeto Patrulha Maria da Penha, que vai ajudar a garantir a efetividade das medidas protetivas, popularmente conhecidas como medidas de afastamento ou proteção, às mulheres que sofreram violência doméstica. Também estão sendo treinados 40 policiais militares que continuam prestando os atendimentos de emergência, no caso de denúncias de agressões. A capacitação está acontecendo no auditório da OAB Londrina e termina nesta sexta-feira (29).

Depois de Curitiba, Londrina será a segunda cidade do Paraná a ter um instrumento de segurança específico para a proteção das mulheres. Após esta primeira etapa, a Patrulha Maria da Penha deverá ser implantada em Londrina até o final do semestre. Trata-se de uma iniciativa conjunta, que envolve a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Secretaria Municipal de Defesa Social,16ª Vara de Execução Penal Maria da Penha e Ministério Público do Paraná e, com apoio da  Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Londrina.

A secretária municipal de Políticas Para as Mulheres, Sônia Medeiros, contou que durante a semana foi perceptível a mudança nos participantes, já que os conteúdos trabalhados buscaram explicitar conceitos, como por exemplo a questão de gênero:, definições,  igualdades e desigualdades. “Para que atuem, não precisamos só de treinamento prático, mas que estas práticas estejam embasadas em questões conceituais. Muitas vezes, é preciso desconstruir  valores para compreender como devem atuar. Aqui eles puderam conhecer quem já trabalha com a Lei Maria da Penha. Com certeza, foi muito importante para todos.”

O secretário municipal de Defesa Social, coronel Rubens Guimarães, explicou que este atendimento é mais uma atividade para a GM. “O atendimento prestado pelos guardas será somente quando há medidas protetivas expedidas. Nos casos de agressões, por exemplo, o atendimento continua sendo realizado pela polícia militar, no 190”, relembrou.

guarda.municipal.curso.V3Guimarães destacou que a Patrulha Maria da Penha poderá dar suporte às mulheres que sofreram agressões de seus maridos e parceiros. “Nem todas as mulheres se sentiam seguras, mesmo com a medida protetiva expedida. Agora este trabalho vai propiciar que, havendo o descumprimento destas medidas, a mulher acione a GM, a qual rapidamente fará os atendimentos e os encaminhamentos necessários.”

A guarda municipal Adriana Patricia Sartori, que está passando pela capacitação, ressaltou que o treinamento está sendo muito importante para prestar os atendimentos a estas mulheres que estão em situação frágil. “No curso aprendemos a lidar com o emocional das mulheres que têm a medida protetiva, ou seja, que já procuraram ajuda e estão em uma situação de risco”, disse.

A tenente Maitê Deliberador, da Polícia Militar, que também está participando do curso, disse que a participação da PM na capacitação é importante para padronizar os procedimentos de atendimento às mulheres. “Através do curso, os policiais que atendem aos chamados, através do 190, saberão prestar melhores orientações ou fazer os devidos encaminhamentos para a GM, nos casos específicos”, disse.

Trabalho 24 horas – A Patrulha Maria da Penha funcionará durante 24 horas com duplas mistas formadas por um agente homem e uma agente mulher. As duplas trabalharão em esquema de revezamento, com jornadas de 12 horas cada, utilizando um veículo para cada turno. O serviço poderá ser acionado pelos números 153 da Guarda Municipal e 190 da Polícia Militar.

 

Fotos: Vivian Honorato

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