Cidadão

Cia Teatro de Garagem de Londrina apresenta espetáculo “Véspera do Tombo”

Estreia será realizada nesta sexta-feira (6), às 19h30, na Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da UEL

O espetáculo teatral “Véspera do Tombo”, nova montagem da Cia Teatro de Garagem de Londrina, está com estreia marcada para sexta-feira (6), às 19h30, na Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da Universidade Estaudal de Londrina (UEL), na Avenida Celso Garcia Cid, 205, Centro. De autoria de Everton Bonfim, integrante do grupo desde sua fundação em 2006, a peça “Véspera do Tombo” aborda temas sobre saúde mental, como ansiedade, depressão e isolamento social. A apresentação tem duração de 50 minutos.

Foto: Valéria Felix / divulgação

Em cena, Amadeus, um dos personagens protagonistas, vivencia tais sentimentos em meio a uma crise de meia-idade. A curta temporada do espetáculo seguirá no sábado (7) e na próxima semana, nos dias 13 e 14, sendo as duas últimas no Norte Cultural (Rua Lino Sachetin, 498, zona norte), sempre às 19h30, com entrada gratuita mediante retirada de convites a partir de 1 hora antes do início da peça.

O projeto foi aprovado pela Secretaria Municipal de Cultura de Londrina, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, do Ministério da Cultura, governo federal.

Nos dois espaços mencionados, nas sextas-feiras (dias 6 e 13), ao final da apresentação, estudantes convidados de psicologia e o público presente irão participar de um bate-papo acerca das temáticas abordadas no espetáculo, com a direção e elenco, mediado pelo psicólogo Herbert Proença, professor de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e integrante da Companhia Teatro de Garagem.

Sobre a dramaturgia da peça, Bonfim destacou que o processo dramatúrgico de escrita do roteiro e sua versão final teve inúmeras contribuições e múltiplas influências de ideias a partir das provocações e práticas coletivas na sala de ensaio. Essas experiências buscaram responder as perguntas: Como reagir frente ao adoecimento psíquico na sociedade contemporânea? Como produzir novos horizontes de autocuidado? No caminho dessas respostas, apareceram outras perguntas que direcionaram e influenciaram a concepção e criação dos outros elementos cênicos envolvidos na encenação, como atuação, direção, trilha sonora, cenário, iluminação e figurino”, disse,

Foto: Valéria Felix / divulgação

Sobre a proposta de encenação e concepção cênica do espetáculo, Bonfim explicou que o espaço não tradicional sempre teve destaque nas criações da Companhia Teatro de Garagem. “Por exemplo, uma casa e todos os seus cômodos, um barracão, uma vila cultural, uma praça e, claro, uma garagem, já foram alguns dos palcos explorados. A intenção da Cia é elaborar montagens que possam se adaptar a vários espaços e, para este trabalho de criação, optamos pela forma mais conhecida e tradicional no teatro, a estética do palco italiano, porém adaptável para espaços alternativos. O significado do palco italiano, além de ser o espaço, até o momento, ainda pouco explorado pela Cia, é o que também mais se aproxima da proposta de encenação e concepção cênica adotada na criação da peça “Véspera do Tombo”, contou.

Nesse novo processo de criação teatral da Cia Teatro de Garagem, Bonfim explicou que o ato concreto de “subir ao palco”, está intrinsecamente ligado às ações de subir ao topo de uma montanha, de se isolar, de ritualizar para poder morrer e renascer. “Simbolicamente, tais ações abarcam a grandeza dos questionamentos acerca da existência humana, presentes nos diálogos entre os personagens Amadeus e Horizonte, interpretados por Everton Bonfim e Rafael Gomes, potencializam a espacialização da cenografia, concebida por Luiz Eduardo Pires, da trilha sonora original, criada por Pedro José Varanese, bem como ampliam os efeitos imagéticos dos figurinos, por Rebeca de Carvalho, e da iluminação do espetáculo, desenhada por Camila Fontes. Tudo isso, permitiu a direção cênica de Edna Aguiar explorar ainda mais o uso de metáforas hiperbólicas, advindas da estética teatral expressionista – principal referência artística investigada nesse processo de montagem. Além dos profissionais já mencionados, o projeto de montagem ainda conta com o trabalho de produção executiva de Eddie Mansan, fotografia de Valéria Felix, arte gráfica de Carolinaa Sanches, operação de trilha sonora de João Lucas Correa e com o trabalho de Lucas Grigio, como intérprete de libras”, mencionou.

Sinopse – Amadeus sobe ao topo da montanha para fugir do seu “eu” enfadonho e previsível. Lá no alto, em um tacanho pedaço de chão batido, permanece acampado por tempo indeterminado. Será mais um lunático contando as horas para o próximo feriado nacional? Suposições de quem apenas o observa de longe são irrelevantes. Ao olhar bem perto dos olhos desse homem de meia-idade, vai sentir o cheiro do suor frio, que nasce do medo e da coragem, de quem está prestes a enxergar as ruínas de toda uma existência.

Texto: Assessoria de imprensa da Cia Teatro de Garagem de Londrina.

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