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Alunos da Educação Inclusiva são exemplos de superação

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Dificuldades e limitações não foram impedimento para que os alunos se desenvolvessem e superassem obstáculos; rede municipal de ensino conta com 1.280 alunos na Educação Inclusiva

 

Aos 6 anos, Murilo, aluno do 1º ano da Escola Municipal David Dequech, é motivo de orgulho para a escola. Ele nasceu sem partes dos membros superiores e com má formação nos pés, porém as limitações físicas não foram impedimento para que o aluno se desenvolvesse.

Segundo a professora, Michella Ito Bidoia, o estudante realiza todas as atividades da unidade escolar, com auxílio de uma professora de apoio. “Apesar dele ter um pouco de dificuldade no equilíbrio, ele joga bola, pinta muito bem, escreve seu nome e é um ótimo aluno, muito amoroso e querido pelos colegas e por todos da escola”, disse.

Outro caso de superação é do aluno Daniel, 11 anos, estudante do quinto ano da Escola Municipal Carlos da Costa Branco. Ele tem deficiência física desde que nasceu, mas a limitação da mobilidade não o impediu de superar os obstáculos e prosseguir com os estudos.

A diretora da unidade, Dilene Reis Cruz, contou que o aluno é dedicado e tem grande força de vontade. “Ano passado ele teve que ficar fora da escola, pois fez uma cirurgia delicada para tentar andar com andador. Mesmo com todo o sofrimento que ele passou, pois a cirurgia é dolorosa, ele está sempre alegre e entusiasmado com os estudos, além de ter uma ótima relação com os colegas”, contou.   

Casos como estes são diversos na rede municipal de ensino de Londrina, que conta com 1.280 alunos na Educação Inclusiva. Os alunos desta modalidade são acolhidos com prioridade de matrícula no Município.  Para atender a demanda e proporcionar melhor acolhimento e aprendizagem, a rede presta diversos tipos de atendimentos, de acordo com as necessidades de cada caso, que são avaliados pelos profissionais do Atendimento Educacional Especializado e pela equipe da Gerência Educacional de Apoio Especializado da Secretaria Municipal de Educação, que conta com profissionais com formação em psicopedagogia, psicologia e educação especial.educação.especial.VP

Atendimentos – A gerente do Apoio Especializado, da Secretaria Municipal de Educação, Cristiane Sola Rogério, explicou que, para alguns casos, o município disponibiliza apoio permanente de professores em sala de aula, para o acompanhamento dos alunos em todas as atividades. Além disso, a rede municipal de ensino também presta atendimento educacional especializado nas Salas de Recurso Multifuncional, em horário inverso ao da escola.

Toda criança com qualquer tipo de deficiência, seja física, intelectual, auditiva, visual, múltiplas deficiências e espectro de autismo, além de alunos com altas habilidades e superdotação, é atendida nestas salas, por professores especialistas em Educação Especial. Ao todo existem 39 salas como estas, distribuídas nas unidades escolares municipais. “Nestes ambientes, o aluno recebe intervenção e estimulação, de acordo com suas necessidades”, contou Cristiane.

As crianças com Transtorno do Déficit de Atenção, com ou sem Hiperatividade, quando possuem déficit de aprendizagem, também são atendidas nas Salas de Recurso Multifuncional. “Com elas, o professor trabalha questões de organização de tarefa e de comportamento, além de acompanhar a criança e família nos atendimentos clínicos”, explicou a gerente do Apoio Especializado do Município. No caso de aluno com deficiência intelectual, são feias adaptações do currículo, para que o estudante possa acompanhar o aprendizado em sala de aula.

Para alunos com deficiência neuropsicomotora grave, o Município disponibiliza professor de apoio permanente aos professores em sala de aula. “Estes professores os acompanham em todas as atividades, incluindo no auxílio da alimentação, higiene e locomoção, além da aprendizagem”, disse.

Transtorno do Espectro Autista – A Secretaria Municipal de Educação também oferece o serviço das Classes Especiais Transtorno Global do Desenvolvimento, para crianças com Transtorno do Espectro Autista de Alta Especificidade. Existem cinco salas como esta Londrina, duas localizadas na Escola Municipal Professora Maria Irene Vicentini Theodoro, uma na Maria Carmelita Vilela Magalhães, uma na João XXIII e outra, aberta este ano, na Escola Professor Juliano Stinghen.

Estas salas são para atendimento dos casos mais graves de autismo. “Alguns alunos com autismo são atendidos em ensino regular, com professores de apoio, porém os casos mais graves são atendidos nestas salas, que possuem no máximo cinco alunos, para um melhor atendimento”, disse.

 

Fotos: Vivian Honorato

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