Cidadão

“O Gigante Egoísta” encerra temporada com apresentação na Praça Nishinomiya

Espetáculo de rua do ator e diretor Paulo Barcellos encanta crianças e famílias com teatro de rua e reflexão sobre amizade e o direito de brincar

O que acontece quando um gigante constrói um muro enorme e proíbe as crianças de brincarem em seu lindo jardim? Essa é a história que o ator e diretor Paulo Barcellos tem levado para as ruas, escolas e praças de Londrina com a montagem do espetáculo “O Gigante Egoísta”, uma adaptação livre e sensível do conto clássico de Oscar Wilde. O projeto, aprovado pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC) da Prefeitura de Londrina, chega ao fim com a última apresentação do espetáculo no próximo sábado (15), às 11h, na Praça Nishinomiya, no bairro Aeroporto.

Foto: Rei Santos/ Divulgação

A peça convida o público infanto-juvenil e suas famílias para uma reflexão poética sobre a solidariedade, a importância do brincar, a amizade e a transformação que a infância pode trazer para o mundo.

Com mais de 35 anos de experiência, Paulo Barcellos não só atua, como também assina a direção e a dramaturgia do trabalho, que foi construído com a colaboração de provocadores artísticos como Edna Aguiar, Luis Henrique Silva “Bocão”, Dani Fioruci e Luan Valero. A encenação, feita ao ar livre, utiliza um tom épico e narrativo, transformando o espaço urbano em um grande palco de imaginação. Objetos cotidianos ganham novos significados, estimulando a criatividade dos pequenos.

O conto retrata um gigante que, em um ímpeto egoísta, resolve isolar seu jardim das crianças que o coloriam ao brincar e correr por ali. A partir disso, sua vida fica triste e solitária – até que, sensibilizado por um menino que surge cercado de mistério em sua vida, o protagonista percebe que o caminho para sua própria felicidade está na generosidade e na partilha de seus dias.

A história do Gigante que isola seu jardim do mundo com uma placa de “PROIBIDO ENTRAR” serve como ponto de partida para discutir temas urgentes como a exclusão, o direito de ocupar os espaços públicos e o poder da amizade para mudar um coração. A peça mostra, de forma lúdica e acessível, como o gesto de abrir os portões pode simbolizar a construção de uma comunidade mais acolhedora e solidária. “A circulação foi fundamental para aperfeiçoar a comunicação com o público, permitindo que a crítica social da obra se tornasse ainda mais potente e sensível à realidade de cada espectador”, analisou Barcellos.  O projeto ainda promoveu debates para o fortalecimento do diálogo entre arte, urbanismo e cidadania.

Sobre o artista

Paulo Barcellos iniciou sua carreira em Londrina em 1986 com o Grupo Delta e, no ano seguinte, fundou o Armazém Cia. de Teatro, onde permaneceu por uma década. Em 1998 mudou-se para São Paulo, onde atuou com diversos grupos e diretores nas áreas de teatro e dança contemporânea. Desde 2020, divide sua atuação entre São Paulo e Londrina, acumulando 46 montagens cênicas ao longo da carreira, com destaque para projetos de pesquisa em narrativas, teatro épico e espaços alternativos.

 

Ficha Técnica

Atuação e Dramaturgia: Paulo Barcellos

Produção Executiva: Cris Resende

Acompanhamento de Encenação: Gelson Amaral

Cenografia e figurino: Paulo Barcellos e Gelson Amaral

Provocações artísticas: Edna Aguiar; Luan Valero; Luiz Henrique Silva (Bocão) e Dani Fioruci

Programação Visual: Daniele Stegmann

Edição e Operação de som: Raiza Carolina

Fotografia: Rei Santos

Palestrantes dos debates “Diálogos com o Público: a quem pertence o espaço?”: Maria Tendlau; Eddie Mansan; Luiza Braga e Camila Oliveira.

Texto: Assessoria de Imprensa – Janaína Ávila 

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