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Londrina realiza “Dia D” de vacinação contra a dengue

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Foram aplicadas 3.774 doses em pessoas com idade entre 15 e 27 anos; campanha prossegue até do dia 2 de setembro

 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou, no último sábado (13), o “Dia D” para vacinação contra a dengue. A solenidade de lançamento da campanha aconteceu no Centro Integrado de Doenças Infecciosas (CIDI) e contou com a presença do secretário municipal de Saúde, Gilberto Martin, e do diretor-geral da Secretaria de Saúdo do Estado (SESA), Sezifredo Paulo Paz.

Ao todo, foram disponibilizadas 121 mil doses da vacina tetravalente, fornecidas pela Sesa, para a campanha que prossegue até o dia 2 de setembro em Londrina. No “Dia D” foram aplicadas 3.774 doses em 20 unidades de saúde. Podem tomar a vacina pessoas residentes em Londrina, com idade entre 15 e 27 anos, 11 meses e 29 dias, de acordo com determinação do governo do Estado.

As pessoas que não puderam comparecer no sábado (13) devem se dirigir ao CIDI, na Alameda Manoel Ribas, 1, ou na Unidade Municipal de Matriciamento e Ensino em Estratégia em Saúde da Família (UMESF), localizada na Rua Valparaíso, 189, no parque Guanabara. O atendimento será das 8 às 17h30.

É necessário levar ao local de vacinação documento oficial com foto, comprovante de endereço e, se possível, a carteira de vacinação. Os moradores da região rural começam a ser vacinados nesta segunda-feira (15). Cada unidade de saúde definiu o dia e horário para atendimento.

vacina.dengue.VPO secretário Gilberto Martin destacou que este é um momento histórico, já que até então não existia uma vacina que oferecesse à população uma alternativa de proteção e prevenção à doença. “Nossa expectativa com relação a vacinação é muito positiva, pois além de proteger as pessoas vacinadas ela também oferece uma proteção indireta, pois as pessoas que receberem a vacina deixam de ser potenciais transmissores da doença”, destacou.

O diretor-geral da SESA, Sezifredo Paulo Paz, destacou que esta é a primeira campanha de vacinação contra a dengue pública das Américas. “Estamos dando um passo importante no enfrentamento da doença, pois o Brasil foi o campeão mundial de casos de dengue neste último período epidemiológico, com sucessivas epidemias”, disse.

Além de Londrina, outros 29 municípios também foram contemplados com a vacina. Destes, 28 irão vacinar pessoas na faixa etária de 15 a 27 anos e dois, os municípios de Paranaguá e Assaí, de 15 a 44 anos, pois a incidência de casos de dengue nestes locais foi maior. “Nas cidades com público alvo de 15 a 27 anos poderemos ter um impacto na redução do número de casos de dengue acima de 50%. Nas cidades com faixa etária de 9 a 44 acima uma redução de 80%”, estimou Sezifredo.

Ele lembrou que mesmo com a vacinação é muito importante que as ações de combate à dengue continuem, como a eliminação dos criadouros, a vigilância epidemiológica, a assistência adequada aos pacientes e a mobilização da população.

vacina.dengue.V4Sobre a vacina – A vacina tetravalente contra a dengue protege contra quatro subtipos virais da doença. A imunização é completa após a aplicação de três doses, com intervalo de seis meses entre elas. Após a aplicação da vacina contra a dengue, é necessário que haja um intervalo de 30 dias para a aplicação de outras vacinas.

A diretora médica da Sanofi Pasteur na América Latina, empresa francesa que produziu a vacina, Lucia Bricks, destacou que esta é a primeira vacina contra a dengue liberada no mundo. “Fizemos estudos incluindo mais de 40 mil pessoas em 15 países diferentes, incluindo o Brasil, e os resultados foram muito positivos”, disse.

Segundo Lucia, os resultados mostraram 93% de proteção contra as formas mais graves da doença, que são as que levam ao choque e a febre hemorrágica da dengue, 80% de redução nos casos que precisam ser hospitalizados e proteção de 2 em cada 3 casos de dengue.

A vacina é indicada para pessoas que têm entre 9 e 45 anos.  Não podem ser vacinadas pessoas que estão fora da faixa etária alvo da vacinação, gestantes, mulheres que estão amamentando e pessoas imunocomprometidas, como indivíduos com AIDs, câncer e outras doenças crônicas.

 

Fotos: Vivian Honorato

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