Assistência Social inova e implanta Serviço de Acolhimento em República
Local oferece moradia subsidiada a pessoas em situação de vulnerabilidade social, para possibilitar a gradual autonomia e independência de seus moradores
A Secretaria Municipal de Assistência Social implantou, pela primeira vez em Londrina, o Serviço de Acolhimento em República, que oferece proteção, apoio e moradia subsidiada a pessoas em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, sem condições de moradia e autossustentação. O objetivo é apoiar a construção e o fortalecimento de vínculos comunitários, a integração social, possibilitando gradual autonomia e independência de seus moradores.
O local está em funcionamento desde outubro deste ano e atualmente atende oito pessoas, com capacidade para até 10 moradores. O atendimento está sendo realizado na antiga Casa de Passagem Pão da Vida, na Rua Alceu Sengantin, 775, Jardim Vale do Cedro, região leste.
A secretária municipal de Assistência Social, Nádia Oliveira de Moura, destacou que o novo serviço vem para fortalecer as ações voltadas à população em situação de rua e atende a Política Nacional de Assistência Social, que prevê este tipo de acolhimento. “Demostra a preocupação da atual gestão em ampliar as ações voltadas a este público, trabalho que vem sendo desenvolvido pela rede socioassistencial do Município, que inclui as reuniões mensais do Comitê Intersetorial POP Rua”, frisou.
A diretora de Proteção Social Especial da pasta, Josiani Nogueira, explicou que serviço é voltado para pessoas que estão em processo de superação da condição de rua, de dependência química e de cuidados de profissionais, mas que ainda não têm autonomia financeira e não se sentem seguras para residirem sozinhos.
“São pessoas que já passaram por diversos processos como: atendimento no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), encaminhamentos para serviços de saúde e acolhimento institucional, onde são monitorados 24 horas por dia por diversos profissionais, entre eles educadores sociais, psicólogos, assistente sociais, assistentes de serviços gerais e cozinheiros”, informou.
Segundo ela, no Serviço de Acolhimento em República os moradores são acompanhados apenas por um responsável pela manutenção da casa e pela convivência comunitária. “Os próprios moradores é que fazem a manutenção de pequenos reparos, como cortar a grama e pintar a casa, cuidam da própria alimentação, da higiene do espaço, entre outros cuidados. Além disso, todos têm a chave da residência”, contou.
Josiani informou também que, neste estágio, os moradores já têm autonomia para cuidar de suas medicações e compromissos e não fazem mais uso abusivo de álcool e drogas. “Alguns ainda não superaram completamente a dependência química, mas não podem usar substâncias psicoativas dentro da casa, onde apenas é liberado o uso de cigarros”, acrescentou.
Além disso, os moradores também são assistidos por toda Rede Socioassistencial do Município, que inclui o atendimento com profissionais do Centro POP, das secretarias municipais de Educação e do Trabalho, Emprego e Renda, além da Fundação de Esporte de Londrina (FEL).