Programa de Acolhimento Familiar promove roda de conversa
Proposta é oferecer um espaço para apresentar o serviço e conhecer um pouco sobre a rotina das famílias acolhedoras
A Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio do Programa Guarda Subsidiada Acolhimento Familiar, oferece na próxima sexta-feira (24) uma roda de conversa com membros das famílias acolhedoras, pessoas que acolhem mediante guarda provisória crianças e adolescentes afastados de seus responsáveis por medida de proteção. Será às 19h, no Auditório da Prefeitura de Londrina, que fica na Avenida Duque de Caxias, 635, Centro Cívico.
A iniciativa tem como objetivo oferecer um espaço para conhecer o funcionamento do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora e tirar dúvidas com as famílias que vivem os processos. A conversa será mediada pela psicóloga do Programa, Marcia Tokita, e contará com a presença das oito famílias acolhedoras cadastradas atualmente no Serviço, cinco delas em situação de acolhimento. A roda é aberta ao público.
De acordo com Márcia, a proposta da conversa é dar um enfoque menos técnico e mais humano sobre o Programa. “Um dos nossos objetivos é aumentar o número de famílias acolhedoras, então pensamos na roda como um espaço aberto para que as pessoas que tenham curiosidade, dúvidas ou interesse em participar possam conhecer melhor o serviço diretamente com quem vive esse processo. Aprender com as experiências da própria família é diferente de apenas ouvir de psicólogos ou assistentes sociais sobre o que é acolher”, contou.
Família Acolhedora – o serviço de acolhimento existe desde fevereiro de 2017 e tem como função cadastrar, preparar e acompanhar famílias para receber crianças e adolescentes afastadas de suas famílias por medida de proteção. O papel de quem acolhe é abrigar os pequenos, mediante guarda provisória que pode durar até dois anos, e responsabilizar-se por suas atividades rotineiras.
O desacolhimento, momento em que as crianças deixam os lares temporários, representa um processo gradativo. De acordo Marcia, isso acontece no tempo da criança ou adolescente. É na ocasião em que se decide qual o melhor caminho, o retorno ao lar de origem ou um novo, de adoção. “O momento de desacolher é uma alegria porque é quando vemos que tudo deu certo e cumprimos com o nosso objetivo, que é fazer eles retornarem para uma nova, ou a antiga família, mais fortes e com novos horizontes.” afirmou.
Embora seja por um período de tempo determinado, o processo apresenta reflexos profundos, segundo a psicóloga. “O acolhimento possui uma importância muito grande na vida das crianças e adolescentes porque eles estão em um momento de fragilidade. Acolher significa tirá-los de situações de risco e violência para levá-los a um outro espaço, um lar onde eles podem viver com segurança, se desenvolver e ressignificar o que entendem por carinho, cuidado, amor. Esse impacto é muito profundo e abre portas para que eles possam seguir novos caminhos”, expôs.