Cinco entidades socioassistenciais firmam convênio com o Município
As instituições absorveram os serviços anteriormente executados pelo Provopar-LD, que encerrou convênio com o Município
Com o objetivo de dar continuidade aos serviços prestados pelo Programa do Voluntariado Paranaense de Londrina (Provopar – LD), a Prefeitura de Londrina desenvolveu, durante o mês de agosto, um processo de transferência das atividades para outras instituições e entidades que integram a rede socioassistencial. A medida se deu após o cancelamento do convênio da Provopar com o Município, provocado por divergências e irregularidades na prestação de contas.
Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), o Provopar – LD desenvolvia, até agosto deste ano, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), com atendimento de 1.235 crianças e adolescentes, distribuídos em onze unidades; e também o Programa Municipal de Economia Solidária.
A gerente de Monitoramento e Avaliação da SMAS, Ana Maria do Nascimento, explicou que as onze unidades descentralizadas do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos foram absorvidas por quatro instituições que já atuavam na rede socioassistencial de Londrina. São elas: Guarda Mirim (3 unidades), Epesmel (2 unidades), Instituto União Para a Vitória (1 unidade), e Centro de Promoção Por Amor Social –CEPAS – (5 unidades).
O valor mensal de aproximadamente R$ 327 mil, que era repassado ao Provopar-LD para desenvolver o serviço, também será distribuído entre essas quatro instituições, conforme as metas atendidas. “Desde o dia 24 de agosto já houve essa absorção, com as novas equipes atuando em conjunto com o pessoal do Provopar-LD. Nesse período, a Assistência social realizou a discussão dos casos com maior vulnerabilidade, e participamos de reuniões com as famílias atendidas para apresentar as novas instituições”, contou Ana Maria.
De acordo com a gerente de Monitoramento e Avaliação, essa estratégia permitiu que os serviços não fossem paralisados durante o processo de transição. “E essa era uma prioridade do Município. Em alguns locais, observamos inclusive um aumento na procura, então já estamos nos programando para atender uma demanda maior. Essas quatro instituições são reconhecidas pela população, estão em atividade há bastante tempo, e foi uma oportunidade também para garantir a descentralização, como a Política da Assistência Social recomenda”, contou.
Ana Maria explicou que, para que as entidades firmassem convênio com o Município, foi realizado um convite para todas as instituições de Londrina que já executam serviço de convivência. “Elas foram convidadas a manifestar seu interesse em assumir essas unidades, e dentre as 16 instituições existentes, quatro abraçaram o desafio. Nossa expectativa é que, pelos próximos meses, a gente consiga observar inclusive um avanço nesses serviços”, citou.
Economia Solidária – Outro serviço desempenhado pelo Provopar-LD, em parceria com a Prefeitura, era o Programa Municipal de Economia Solidária. O programa inclui a gestão dos empreendimentos e dos espaços públicos, como o Centro Público da Economia Solidária e o Café e Arte.
A entidade que assumiu o programa de Economia Solidária foi a Congregação de Irmãs da Pequena Missão para Surdos, que está há mais de 40 anos em atividade. A gerente de Monitoramento e Avaliação da SMAS destacou que, dentro da dinâmica da Economia Solidária, os grupos trabalham com autogestão, e contam com um gerenciamento do Município. “Creio que isso fez com que o impacto para os empreendimentos fosse minimizado. E assim como o outro serviço, não houve paralisação das atividades da Economia Solidária durante este processo de transição”, considerou.
Todas as cinco entidades já estão registradas no Conselho Municipal de Assistência Social. “Nesse processo de transição, fizemos um acompanhamento constante, com visitas nos espaços, para conferir se os serviços estavam sendo realizados, e com a mesma qualidade. Estas e outras ações integram o plano de providências, entregue pela SMAS para a Vara da Infância e Juventude, diante da liminar que permitiu que o Provopar continuasse em atividade por um período de três meses”, concluiu Ana Maria.