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Alunos são premiados em Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica

Competição nacional contou com a participação de quase 750 mil estudantes; cerca de 60 londrinenses foram campeões

educação.premiação.OBA.VP

educação.premiação.OBA.V3A manhã desta terça-feira (13) deve ficar marcada na memória de 57 estudantes da rede municipal de ensino de Londrina. Isso porque, todos foram homenageados com certificados de honra ao mérito e medalhas pelo rendimento obtido na XXI Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).

O evento nacional contou com a participação de 744.234 estudantes de 8.456 escolas brasileiras. Em Londrina, 57 alunos receberam medalhas de ouro, prata ou bronze. Eles são das escolas municipais Mercedes M. Madureira, Noêmia A. Garcia Malanga, Suely Ideriha, Vila Brasil, Arthur Thomas e Bartolomeu de Gusmão. As que obtiveram maior número de prêmios foram: Vila Brasil, com 24, e a Suely Ideriha, com 21.

A diretora da Escola Municipal da Vila Brasil, Rosangela de Fátima Riedo Ferreira, contou que a unidade escolar participa desde 2013 da competição e ficou muito contente com o resultado da prova, dado ser um projeto nacional. Ela destacou ainda que este resultado deve-se ao esforço e carinho que os professores e alunos têm com a olimpíada. “A nossa escola desenvolveu o projeto com as crianças através da interdisciplinaridade das matérias. Acreditamos que assim é possível aprofundar muito mais e adquirir novas habilidades, ampliando o conhecimento de mundo dos alunos”, destacou.

Nessa escola foi incentivada a aprendizagem com o uso de tablet e de maquetes, para a melhor absorção do conteúdo. Essas aplicações foram reconhecidas por Roseli Aparecida Pinheiro, que é avó de um dos alunos da Escola da Vila Brasil, o Luis Fernando Russo. Isso porque, segundo ela, a escola tem surpreendido na qualidade de ensino e na atenção que os professores têm com as crianças, o que se reflete em prêmios como a competição de Astronomia e Astronáutica.

A avó explicou que seu neto é um milagre e um motivo de grande orgulho para a família, visto que quando estava no útero de sua mãe, sofreu um derrame, que afetou o cérebro, fato este que não o impediu de conquistar uma medalha. “Nos exames médicos, ele não tem 25% do cérebro e ele é um milagre. A vida toda, estudou em escola particular, mas por conta de problemas financeiros, nós tivemos que colocar ele na escola municipal e fiquei com muito medo da mudança. Mas me surpreendi! A escola municipal tem sido excelente. Ele cresceu muito esse ano. Foi fora de série! Hoje estou muito feliz e fiquei chocada, porque ele rendeu muito mais do que esperava”, disse emocionada.

O objetivo da olimpíada é fomentar o interesse dos alunos pela Astronomia, Astronáutica e ciências, promovendo a disseminação de conhecimentos básicos de forma lúdica e cooperativa. Para isso, a Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) mobilizam escolas, planetários, observatórios, museus de ciência, associações, clubes de Astronomia, astrônomos profissionais e amadores, e instituições voltadas às atividades aeroespaciais.

Os alunos do ensino fundamental têm até duas horas para realizarem a prova e os de ensino médio têm até quatro. Todos fazem o teste individual e sem consulta a materiais didáticos ou dispositivos eletrônicos como celulares ou computadores. O conteúdo programático corresponde ao ministrado de acordo com a idade da criança. Eles respondem sete perguntas de Astronomia e três de Astronáutica, que incluem conhecimentos sobre o Sistema Solar; a “Missão Centenário”, que é a viagem ao espaço realizada pelo Tenente-Coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), Marcos Pontes, em 2006; o efeito estufa e o buraco na camada de Ozônio; as Leis da Gravitação Universal, de Kepler e de Hubble, entre outros conhecimentos.

O prefeito em exercício, João Mendonça, frisou que está é a primeira de muitas medalhas e homenagens que estas crianças receberão ao longo da vida, desde que não parem por aqui, continuem estudando, prestando atenção no conteúdo passado e nos professores, e também que participem das atividades da escola e da comunidade. “Hoje, elas estão aqui recebendo essa homenagem e quem sabe no futuro elas estejam no nosso lugar e pelo mundo”, refletiu.

educação.premiação.OBA.V2Para a secretária municipal de Educação, Maria Tereza de Moraes, realizar atividades escolares como a olimpíada é uma forma de valorizar a educação municipal e as crianças matriculadas na rede. “Hoje é um dia muito especial, em que honramos as crianças, os professores e os diretores que participaram dessa competição nacional e que nos enchem de orgulho. Esse trabalho é muito importante para as escolas, mas principalmente para a vida das crianças”, ressaltou.

A OBA é realizada anualmente e podem participar alunos do 1º ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio de escolas publicas e privadas, urbanas e rurais de todo o Brasil. Este ano, a prova foi realizada em maio. Em Londrina, desde 2013, ao todo, foram premiados 281 alunos do 1º ao 5º ano. Segundo a professora do Apoio Pedagógico de Ciências da Secretaria Municipal de Educação, Cristina da Silva Borba, a intenção é que mais crianças participem, por isso premiar com medalhas e certificados de honra ao mérito é tão importante, pois estimula o esforço de outras.

O evento contou com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e também com patrocínios da UNIP, VISIONA e AVIBRAS.

ESCOLAS PREMIADAS Nº de medalhas MEDALHAS
Ouro Prata Bronze
Escola Municipal Mercedes M. Madureira

Escola Municipal Noêmia A. Garcia Malanga

Escola Municipal Suely Ideriha

Escola Municipal da Vila Brasil

Escola Municipal Arthur Thomas

Escola Municipal Bartolomeu de Gusmão

7

1

21

24

3

1

2

15

4

1

1

6

13

4

1

7

2

1

Fotos: Vivian Honorato

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Ana Paula Hedler

Gestora de Comunicação, formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, especialista em Comunicação com o Mercado pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná.

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