Escola municipal planta 50 mudas na nascente Carambeí
Alunos de terceiro ano realizarão o plantio junto à comunidade local
A Escola Municipal Professora Maria Irene Vicentini Theodoro promove, nesta quarta-feira (21), o plantio de 50 mudas de árvores nativas e frutíferas na nascente do Córrego Carambeí, onde os alunos da unidade desenvolvem um projeto ambiental desde o ano passado. O trabalho vai contar ainda com uma palestra da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ministrada pelos agentes de endemias sobre a dengue e outras doenças. A atividade começa às 8h30 e é aberta a toda a comunidade. O córrego fica na rua Pitágoras, no Jardim Nova Conquista.
A atividade integra o projeto “Londrina e Terras Indígenas – semeando saberes e partilhando sementes”, desenvolvido na escola desde o ano passado. A iniciativa tem como objetivo promover a consciência cultural e ambiental nos alunos, além de trazer melhorias à comunidade em que está inserida. Na ocasião, aproximadamente 50 alunos do terceiro ano farão o plantio das árvores junto à nascente.
Este é o terceiro plantio que os estudantes realizam no local. No ano passado, as turmas do P4, terceiros, quartos e quintos anos convidaram os familiares e moradores para um mutirão de limpeza na nascente. Juntos, eles fizeram a limpeza do local e realizaram o primeiro plantio de mudas. Agora, a proposta é aumentar o número de plantas, já que algumas se deterioraram devido à ação da natureza.
De acordo com a diretora da escola, Deise Macedo Reis Cavalcanti, o projeto ajuda a desenvolver a cidadania e consciência ambiental nos estudantes. “É muito importante desenvolver a consciência ambiental nos alunos desde cedo para que eles sejam cidadãos conscientes e zelosos com o meio ambiente. Os trabalhos têm se concentrado na nascente do Carambeí, região onde muitos residem. Isso tem apresentado um resultado muito bacana porque eles fazem o plantio, acompanham o crescimentos das mudas e a preservação do ambiente envolvendo os demais moradores no trabalho”, expôs.
Além das pesquisas em sala, os alunos já desenvolveram trabalhos voltados à reciclagem e ao reaproveitamento do “lixo”. Entre as produções estão bancos, vassouras e brinquedos criados a partir de garrafas pet e sabões feitos com óleo de cozinha usado. Os trabalhos sempre envolvem as famílias no debate sobre a sustentabilidade e preservação dos recursos do planeta.
Segundo a professora Márcia Piotto, coordenadora do projeto, os pais e demais moradores da região têm se engajado junto às crianças. “Desde o começo do ano estamos estudando temas relacionados ao meio ambiente como a preservação de recursos e consumo consciente. Isso inclui não só os alunos, mas toda a comunidade que tem se engajado. Nós fizemos um estudo sobre o lixo orgânico e os resíduos sólidos e descobrimos que existem ilhas de lixo em meio ao oceano, e lixões a céu aberto em londrina, isso tem motivado todos a trabalhar e pensar em uma cidade diferente”, explicou.
Em 2018, os alunos participaram também de atividades formativas em uma parceria com a Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA). Além de fornecer as mudas para plantios, os profissionais da Secretaria já ministraram duas palestras sobre vegetação e nascentes na escola.
Eles desenvolveram também um seminário junto à comunidade indígena do Apucaraninha. Lá, eles fizeram um trabalho de orientação para que os moradores lidem de maneira correta com o lixo, fazendo a separação e reutilizando alguns materiais. Outra exortação fornecida pelos estudantes foi a de enterrar o lixo orgânico, uma saída possível e facilmente executável que apresenta benefícios ao ambiente.