Duas atletas incentivadas pela Prefeitura participam do Parapan-Americano
As esportistas fazem parte de projetos beneficiados pelo Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos

Nesta sexta-feira (23), será aberto oficialmente o campeonato Parapan-Americano em Lima, no Peru. A competição vai contar com duas atletas, em duas modalidades, de projetos que contam com apoio da Prefeitura de Londrina. São elas Meg Rodrigues Vitorino Emmerich, no judô; e Teresinha de Jesus Correia dos Santos, no atletismo. Ambas fazem parte do Instituto Roberto Miranda (IRM).
O Brasil conta, neste ano, com mais de 300 atletas dentre os 1.890 participantes, de 33 países. Serão 17 modalidades, das quais 13 têm classificação direta ou pontos estratégicos para a Paralimpíada de Tóquio. É o caso do judô e do atletismo. No judô, são contados pontos para o ranking de classificação. Já no atletismo o rendimento é válido como índice.
Judô – Meg Rodrigues Vitorino Emmerich já coleciona títulos importantes. Ela foi bronze no Mundial de Portugal, em 2018, e prata no Parapan 2018, disputado no Canadá. Em 2019, ganhou ouro no Open da Alemanha, bronze no Grand-Prix, no Azerbaijão, e bronze nos jogos mundiais em Indiana, Estados Unidos. “Eu conheci o judô aos 15 anos quando me mudei para Maringá com minha família e, em busca de qualidade de vida, procurei um esporte. Fiz uma aula experimental e me apaixonei. Em 2014, entrei no Instituto em Londrina. O Mundial e o Parapan foram as minhas primeiras competições pela Seleção Brasileira de judô”, contou.
Sobre a expectativa, Meg disse estar muito entusiasmada. “Essa competição é a mais importante depois da Paralimpíada. Estamos nos ambientando aqui em Lima desde o dia 18, fazendo treinos para os ajustes finais. A expectativa é de muitas medalhas para toda a delegação brasileira. A minha missão é trazer a medalha dourada”, acrescentou.
Responsável pelos projetos, Marcio Rafael da Silva, explicou como o Instituto ajuda a atleta. “Em 2014 ela procurou a instituição através de alguns amigos atletas dela que sabia que o instituto apoiava atletas em questão de treinamentos e todo o resto. Ela sempre treinou judô na cidade dela, Maringá, então nós a inscrevemos, pois para participar o atleta tem de estar ligado a uma Instituição. Ganhou dois campeonatos de nível nacional logo de início, porém ficou inelegível por dois anos por ter a visão considerada muito boa. Após uma piora na visão, então voltou a competir e sempre ganhando, chegou a Seleção e lá continuou treinando mais. O Instituto a apoia em questão de viagens, alimentação, tudo o que for necessário para que ela tenha um bom desempenho. Nossa expectativa para ela no Para-pan é gigantesca, uma vez que ela vem com resultados expressivos no o cenário mundial. Seu objetivo é Tóquio 2020”, frisou.

Atletismo – Teresinha de Jesus Correia Dos Santos, conhecida como Teka, corre há oito anos, tendo entrado no esporte paralímpico a convite de uma amiga. Está no IRM há dois anos. Já participou do Mundial de 2013, sendo 3º lugar nos 400m; da Paralimpíada 2016, onde conquistou o bronze nos 100m; e do Parapan de 2015, conquistando a prata nos 100 e nos 200m. “Eu tenho bastante gratidão pela convocação, porque é o reconhecimento do meu trabalho como atleta. Fico muito feliz por estar aqui, sempre estarei muito feliz por uma convocação. Trabalhamos bastante para conseguir os resultados para eu poder estar aqui no Parapan e para representar bem o nosso país. O preparo a gente vem desenvolvendo desde o ano passado, estamos bem preparados para essa competição, e agora nos ajustes finais. A expectativa é subir ao pódio nas três provas e temos a confiança de que isso irá acontecer, independente da colocação. Se vier o primeiro lugar é claro que será maravilhoso, mas estamos aí para brigar por lugar no pódio”, contou a atleta.
Marcio contou que apesar da instituição ter uma predominância em atender pessoas com deficiência visual, Teka, que é deficiente física, foi acolhida no IRM. “Há dois anos, a Teka nos procurou, pós paraolimpíada do Rio, pois estava sem clube, porque a instituição da qual fazia parte fechou. Foi a FEL que indicou a nossa instituição, nós vimos que seria possível essa parceria e desde então estamos dando apoiando. Dentro do circuito nacional ela é atleta do IRM e, consequentemente, faz parte do nosso projeto do FEIPE. E nesse sentido, o FEIPE apoia em todas as questões, envolvendo viagens, diária, alimentação, tudo que é possível para que ela realize o seu trabalho da melhor forma possível. E agora, indo para o Parapan, a expectativa é muito grande. Estamos aqui na torcida por ela, para que consiga bons resultados e as medalhas desejadas, trazendo resultados positivos para o Instituto e para Londrina”, concluiu.
As atletas fazem parte de projetos beneficiados pelo Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos (FEIPE), programa da Prefeitura de Londrina, por meio da Fundação de Esportes de Londrina (FEL). Márcio enfatizou a importância do incentivo. “Hoje o grande parceiro no Instituto, tanto no goalball, no judô e no atletismo é o FEIPE. É onde nos dá totais condições de estarmos treinando, evoluindo, e estar melhorando em todas as modalidades. Estamos com duas atletas no Para-pan e queremos que atletas do goalball e mais outros estejam um dia competindo na seleção brasileira. Temos muito caminho a percorrer, muitos desafios, busca por mais parceiros, mas hoje o FEIPE é o pulmão e o coração dos nossos projetos, pois é um aporte financeiro que nos direciona, onde podemos realizar todas essas conquistas no esporte. São esportes muitas vezes desconhecidos pelo grande público, mas estamos aí trabalhando e conseguindo a cada dia resultados mais importantes”, afirmou.
Para imprensa: outras informações com Marcio Rafael da Silva pelo telefone (43) 3327-4330
Texto: N.Com