Cidadão

Londrina terá Cooperativa dos Catadores de Recicláveis

Prefeito Barbosa Neto apresentou hoje, o novo modelo de organização da coleta seletiva, durante a coletiva semanal; fundação da cooperativa é sábado, às 12h


6c17109d422fa2b7663d52decd5f137fO prefeito de Londrina, Barbosa Neto, apresentou hoje (dia 10), durante a coletiva de imprensa semanal, a primeira Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis, que será fundada no próximo sábado (dia 12), reunindo 170 dos 250 catadores cadastrados na Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).

“Será um avanço na coleta seletiva. O objetivo é humanizar o trabalho dos recicladores e melhorar o atendimento àcomunidade”, afirmou o prefeito. “A cooperativa terá todo empenho da Prefeitura e para isso precisa ser legalizada, como os trabalhadores estão fazendo. Assim poderá buscar recursos junto ao BNDES, por exemplo”, completou o prefeito.   
O prefeito ainda falou sobre as vantagens da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis. “A Cooperativa vai eliminar os atravessadores e garantir os direitos trabalhistas”, declarou. “Nós estamos recebendo um carrinho elétrico que carrega 300 quilos. Na próxima semana, assinaremos o decreto para que os grandes geradores de resíduos e prédios públicos possam se adequar a nova realidade”, comentou referindo se ao veículo elétrico desenvolvido pela Itaipu Binacional e o Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclado, que chega em Londrina amanhã.
A assistente social Marilys Garani, servidora da Secretaria de Assistência Social e que está trabalhando em parceria com a CMTU na reorganização do modelo da coleta seletiva, destacou que a cooperativa dos recicladores vai regulamentar a função e a valorização o trabalhador. “A cooperativa visa agregar valor da venda do material reciclado, bem como busca a melhoria das condições do trabalho. Além disso, ela vai receber financiamento de órgãos institucionais, o que vai trazer mais benefícios para a coleta seletiva”.
O presidente da Organização Não Governamental (ONG) Associação de Recicladores Palhano (Arpan), Zaqueo Vieira, explicou que a união de forças auxiliou muito para a formação da primeira cooperativa de material reciclado. Segundo ele, os interesses da mesma vão de encontro com as propostas do governo municipal, que visa deixar a cidade mais limpa. “Não tínhamos união, e agora vários catadores estão se agregando em prol do progresso de Londrina. A parceria com o órgão público, ONGs e outras instituições, alcançaremos ainda melhor nossas metas, nossa luta”.
Vieira ressaltou que é  muito importante unir a classe de recicladores para melhorar também o o ganho. “Há um tempo, os preços caíram muito e os trabalhadores estavam deixando a função, estavam descontentes com as condições e lucros. É preciso que mais gente agrupe-se junto a nós, para termos mais força. Esperamos que em pouco tempo o rosto dos catadores tenha um sorriso no rosto e uma melhor feição.”
Representantes de 17 organizações não governamentais participam da fundação da cooperativa, no próximo sábado (dia 12), às 12h, na sede da Casa de Oração para todos os povos, que fica na rua Caraíbas, 424, Vila Casoni.
Confira os benefícios que os catadores terão com a cooperativa:
– Aumento na renda a partir da venda direta no mercado de recicláveis (quantidade), excluindo o atravessador devido à natureza jurídica da cooperativa;
– Atração de investimento a fundo perdido dos órgãos financiadores (BNDES por exemplo investiu 800.000,00 este ano na cooperativa de Apucarana),para a infra-estrutura: construção de barracões,aquisição de equipamentos de alta tecnologia para a transformação do material,aquisição de meios de transporte;
-Possibilidade de agregar valor no material, quando vendido  na forma pré-industrial;
-Melhora nas condições de trabalho (E.P.I., veículos elétricos) e direitos previdenciários;
-Condição adequada para a prefeitura contratar os serviços da cooperativa.
Para a cidade, são os seguintes benefícios:
– Reorientar e estimular a separação correta do material no gerador (residências, comércio, etc);
– Regularizar  e qualificar a coleta onde já existe;
– Ampliar para as regiões não atendidas;
– Diminuir as áreas de impacto ambiental,devido a criação dos entrepostos.
Ações imediatas do poder executivo após a fundação da cooperativa:
– Decreto Municipal que destina o material reciclável de todos os órgãos municipais para a cooperativa;
– Decreto Municipal que regula o destino do material reciclável dos grandes geradores;
– Concessão de uso dos barracões do Banco do Brasil;
– Concessão de uso das prensas da Tetra Pak (uma já disponível na CMTU)
– Projeto que lei que institucionaliza a relação Município/Cooperativa.
(Londrina, 10 de setembro de 2009)
Foto: Luiz Jacobs

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