Em pesquisa comparativa, realizada com outras sete cidades das regiões sul e sudeste, a Prefeitura apresentou o menor número de cargos de confiança
O Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina realizou, durante a primeira quinzena de janeiro, uma pesquisa com diversas cidades das regiões sul e sudeste do Brasil, do mesmo porte de Londrina, a fim de levantar o número de cargos comissionados com o qual a prefeitura desses municípios trabalha, atualmente.
Cargos comissionados são aqueles que não pertencem aos quadros de recursos humanos dos órgãos públicos. Como define o prefeito Barbosa Neto, são “aqueles que não pertencem ao quadro próprio da prefeitura e são trazidos para a administração”.
Londrina, desde maio, quando Barbosa assumiu, é administrada com 50 cargos de confiança. É 25% do total de cargos existentes na Prefeitura e representa uma economia anual de R$ 3 milhões de reais.
A redução do número de cargos comissionados, promovida pelo prefeito, é uma medida de austeridade e tem o objetivo de economizar recursos para investir no que é mais essencial à população de Londrina. “Estamos priorizando o que é mais urgente para a cidade. É o compromisso assumido para administrar Londrina”, disse o prefeito.
O município de Londrina dispõe, simplesmente, de menos cargos ocupados do que todos os outros pesquisados. A diferença é, realmente, brutal e chega, em alguns casos, a mais de sete vezes na comparação com alguns de mesmo porte. Um exemplo é Joinville, em Santa Catarina, que atualmente conta com 368 funcionários nomeados. Uma diferença de 736%.
Londrina apresentou índices de cargos comissionados mais baixos na comparação com outros municípios de população semelhante. No estado de São Paulo, Ribeirão Preto, com cerca de 560 mil, e Sorocaba, que possui quase 590 mil habitantes, têm um plantel 253 e 165 cargos de comissão, respectivamente. Já a paranaense Maringá, mesmo com um número de moradores menor que o de Londrina, trabalha com 260 cargos de confiança, 5,2 vezes mais que o espólio londrinense.
Dos sete municípios analisados, Florianópolis, capital catarinense, foi a que apresentou número mais próximo ao do governo Barbosa Neto: 69. Além dessas, a pesquisa quantificou os cargos existentes em Curitiba, capital do Paraná, e Campinas, metrópole do interior de São Paulo. A primeira apresentou um nível de 448 comissionados e a segunda, 480.
Como são municípios de maior porte e, consequentemente, de maior população – Curitiba tem mais de um milhão e 800 mil habitantes e Campinas, quase um milhão e 100 mil – o comparativo feito, nesses casos, foi do número de pessoas que vivem na cidade, dividido pelo total de cargos comissionados ocupados. Londrina, mais uma vez, apresentou dados reduzidos, já que, com apenas meia centena de CC’s e mais de 510 mil moradores, ficou com um cargo para cada cerca de 10.214 pessoas. A capital paranaense obteve aproximadamente um para 4.132, enquanto o município paulista teve o montante de um cargo a cada 2.218 habitantes.
Os números populacionais de todas as cidades divulgadas estão de acordo com dados do IBGE no ano de 2009. Já as médias mensuradas de habitantes por cargos comissionados, que não apresentaram resultados exatos, foram arredondadas para mais, caso os valores decimais tenham sido iguais ou superiores a 0,5. Do contrário, foram arredondadas para menos.
(Londrina, 22 de janeiro de 2010)
