Cidadão

Voluntários atuam nos serviços municipais durante a pandemia de coronavírus

Campanha da Prefeitura de Londrina oferece possibilidade de atuação para acadêmicos e população em geral; mais informações no 0800-4000-140

Dentre as várias medidas aplicadas pela Prefeitura de Londrina em enfrentamento à pandemia de coronavírus, está a Campanha de Voluntariado. Com doação de serviços, os interessados podem contribuir com o Município, sejam eles acadêmicos, profissionais formados e demais cidadãos em geral. Para aderir à campanha, basta preencher o formulário que se adequa ao seu caso, disponível no Portal da Prefeitura de Londrina, ou entrar em contato pelo telefone 0800-4000-140.

Divulgação

Dentre as informações solicitadas no formulário, o voluntário deve informar sua escolaridade, dados para contato pessoal, quantas vezes por semana está disponível, em quais serviços deseja atuar, e até mesmo sugerir as unidades mais próximas de sua residência. Não são aceitos voluntários que pertençam aos grupos de risco do coronavírus (idosos, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, entre outros), ainda que a atuação não seja com pacientes ou pessoas com suspeita da doença.

Segundo a diretora-geral da Secretaria Municipal de Saúde, Rosilene Machado, a maioria dos inscritos busca ajudar na Campanha de Vacinação. Atualmente, está sendo realizada a vacinação contra gripe, para grupos priorizados pelo Ministério da Saúde, como idosos e pessoas com doenças crônicas. “Outra grande procura é para atuar nas unidades de saúde, em serviços administrativos. Mesmo com os voluntários colocando sua disponibilidade de horário e qual a região de abrangência, fazemos um contato prévio, porque nem sempre é possível conciliar essas duas informações. E, infelizmente, alguns desistiram, por mudanças na sua agenda pessoal que impede de realizarem o serviço que se propuseram, o que é normal e esperado. Como no caso dos acadêmicos, em que as instituições retomaram as aulas com ensino a distância”, citou.

Desde o início da campanha da Prefeitura, mais de 300 pessoas se inscreveram para o voluntário geral. “É muito interessante a disponibilidade das pessoas, é algo que tem nos trazido bastante acalanto. E conforme as necessidades forem mudando, fazemos o contato novamente, semanalmente, para ofertar alguma forma de voluntariado, ver se essa pessoa está livre e ainda pode colaborar”, citou a diretora-geral.

Foto: Emerson Dias

Dentre os locais do Município que estão recebendo os voluntários, estão as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), instituições de acolhida para população em situação de rua, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), e no Laboratório Municipal de Análises Clínicas (CENTROLAB).

O coordenador do Centrolab, Duarte Henrique Monteiro, explicou que, diariamente, um biomédico e uma técnica de Patologias atuam durante o período da manhã, como voluntários. “Por conta da epidemia de dengue, cresceu muito a demanda de exames no plantão. Estamos funcionando 24 horas por dia para dar conta desse volume, remanejamos a equipe, e temos esses dois profissionais voluntários, com experiência na área, que nos auxiliam muito. Eles trabalham com a fase pré-analítica, recebendo e preparando as amostras que serão processadas pelo bioquímico, e tiveram um breve treinamento prévio para se inteirarem sobre nossa rotina de trabalho”, detalhou.

Depoimento – A enfermeira Jeanne Policastro Gagliardi Specian trabalhou por 32 na Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (SESA), e aproveitou a oportunidade de participar do enfrentamento ao coronavírus. Ela atua duas vezes por semana, no período da tarde, na UBS do Centro, na aplicação de vacinas contra a gripe.

Para Jeanne, mesmo sem trabalhar diretamente nos casos de pessoas com coronavírus ou em suspeita, toda ajuda voluntária é uma forma de contribuir. “É uma forma de se sentir útil, porque todos nós sentimos medo e temos preocupação com o contágio, é algo normal. Mas temos que tomar todos os cuidados possíveis e fazer o serviço que precisa ser feito. Eu poderia estar na minha casa, isolada, sem correr riscos, mas é mais importante pensar no outro. Tantas pessoas precisam de ajuda, e temos que ir à luta. Também trabalho em outras frentes de voluntariado, sem serem relacionadas à saúde, porque acredito que estamos no mundo para ajudar uns aos outros. Ficar só na teoria não resolve, tem que arregaçar as mangas”, destacou.

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