Cidade
Lira em Londrina cai de 4,5% em janeiro para 1,2%
Região Norte da cidade é a que tem a menor infestação do mosquito da dengue e Leste, a maior; mais um óbito por dengue é confirmado na cidade
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou na tarde de hoje (dia 16), os números do Levantamento de Índice Rápido de infestação (Lira) do Aedes aegypti em Londrina. O índice de proliferação do mosquito no mês de abril na cidade ficou em 1,2%. É um valor três vezes menor do que o registrado em janeiro deste ano, quando alcançou a média na cidade de 4,5%. No total, foram 402 casos confirmados de dengue em Londrina até o dia 15 de abril.Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), para que haja epidemia de dengue, é preciso que a infestação atinja 300 pessoas a cada 100 mil habitantes. O índice de Londrina se mantém em 71 casos a cada 100 mil habitantes, estando distante o risco de epidemia. De acordo com o Ministério de Saúde, o Índice de Infestação Predial (IPP), em porcentagem, deve ser inferior a 1% para ser satisfatório. Entre 1 e 3,9%, o índice é considerado alarmante, e acima de 4%, já há risco de epidemia.
No mapeamento por região na cidade, todas as áreas apresentaram diminuição do IPP. Na região Leste, em janeiro o índice era de 7,38%, e em abril baixou para 2,09%. É nesta região que se encontra o bairro com o pior índice da cidade, o Jardim Ideal, que apresenta infestação de 4,35%. Em relação a estes números, o chefe da Vigilância Sanitária, João Martins, garantiu que serão adotadas medidas específicas para o bairro, como visitas quinzenais dos agentes.
Na região Oeste, o índice que em janeiro era de 3,73%, caiu para 0,97%. Na região Norte, o melhor IPP da cidade, que caiu de 4,43% em janeiro para 0,86% agora em abril. Na região sul, a Secretaria registrou no primeiro mês do ano índice de infestação em 3,26%, e em abril, 1,09%. O bairro Eldorado, que fica nesta região, foi de 7,46% de infestação para índice zero em abril.
Por fim, na região central, o índice baixou de 4,88% em janeiro para 1,76% em abril. Infelizmente, é desta região da cidade o segundo óbito por dengue registrado em Londrina este ano. De acordo com a diretora de Epidemiologia, Sandra Caldeira, a pessoa nunca tinha apresentado quadro de dengue anteriormente, “A paciente, de 41 anos, procurou o posto de saúde do CSU no dia 12 de março, e foi atendida imediatamente e enviada ao Pronto Atendimento Municipal (PAM), mas não resistiu e faleceu no dia seguinte”, afirmou.
Atenção redobrada ao lixo e aos vasos
João Martins destacou o fato de que mais da metade (50,8%) dos focos de dengue encontrados pelos agentes da Secretaria de Saúde se encontravam em depósitos considerados lixo: recipientes plásticos, garrafas e latas. Cerca de 20% dos focos se concentram em vasos, pratos, frascos com plantas e bebedouros de animais. “O mosquito está presente principalmente nos lares e por isso é preciso cuidar agora no outono e no inverno, para não sermos surpreendidos por catástrofes no verão”, alertou.Entre as medidas divulgadas pela Secretaria para combate à dengue nos próximos meses, estão reuniões com técnicos e supervisores; visitas de rotina dos agentes de endemias, além das visitas quinzenais às áreas de risco; dispersão de fumacê em casos confirmados de foco; mobilização comunitária; parceria entre a Coopersil e a prefeitura; além da aplicação de multas.
O secretário de Saúde, Edson de Souza, alertou para o fato de que os cuidados com a dengue não devem diminuir com a melhora dos números na cidade. “A dengue não é sazonal. O índice está melhor que em janeiro, mas não podemos descuidar. Gostaria de parabenizar o excelente trabalho de conscientização levado a cabo nos mutirões da Secretaria. Precisamos manter este índice daqui para frente, e melhora-lo ainda mais”, declarou.
(Londrina, 16 de abril de 2010)
Fotos: Luiz Jacobs




