Saúde monitora pacientes com Covid-19 durante isolamento domiciliar
Cerca de 600 pessoas são avaliadas, em média, todos os dias; casos de descumprimento serão repassados às forças de segurança local
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De domingo a domingo, a Central de Monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde verifica como está sendo o isolamento de pacientes com diagnóstico confirmado para coronavírus, ou que ainda aguardam o laudo dos exames e têm suspeita da doença. No geral, cerca de 80% dos casos apresentam apenas quadros leves da infecção, ou até mesmo nenhum sintoma. Dessa forma, o distanciamento e o isolamento social são essenciais para impedir a disseminação do Sars-CoV-2, causador da pandemia.
A Central de Monitoramento de Pacientes com Síndromes Respiratórias atua todos os dias da semana, das 8 às 18 horas. Por meio de ligações, a equipe, composta por 38 profissionais de saúde, verifica cada um dos pacientes, perguntando como estão os sintomas, e se houve alguma alteração desde o último contato. As ligações são feitas uma vez ao dia ou, em casos de pessoas que têm mais chances de complicações, como idosos, ou que residem sozinhas, duas vezes ou mais.
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São contatadas, em média, 600 pessoas por dia. O monitoramento avalia se o paciente pode continuar em casa, ou se precisa passar por uma consulta médica, via telemedicina. E, até mesmo, encaminhar para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sabará, exclusiva para atendimento de quadros respiratórios, ou acionar o SAMU, para internação hospitalar.
Como a transmissão do coronavírus se dá pelo contato próximo, podendo ocorrer principalmente pelas vias aéreas, o isolamento ainda é a maneira mais eficaz, até o momento, para interromper a disseminação da doença. Por isso, o paciente e as pessoas que com ele residem devem fazer o isolamento, como medida extra de precaução, já que todos possuem grandes chances de terem o vírus.
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Em média, o acompanhamento do paciente dura cerca de 14 dias. E a liberação do isolamento domiciliar só é concedida quando não há mais riscos de transmissão do vírus. No entanto, se o paciente descumprir o isolamento, ou a Central não conseguir contatá-lo, os dados dessa pessoa são enviados à Guarda Municipal, que irá compartilhar as informações com demais forças de segurança.
Segundo o Código Penal, desobedecer a uma determinação do poder público, que seja voltada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, caracteriza-se como crime, assim como desrespeitar ordem legal de funcionário público. “Caso essa pessoa seja localizada fora de sua residência, durante as abordagens feitas no patrulhamento de rotina, ela poderá responder civil e criminalmente por essa infração”, explicou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas na Secretaria Municipal de Saúde, no 3372-9434.