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Londrina ganha Central de Tratamento de Resíduos

Prefeito Barbosa Neto assinou no sábado, ordem de serviço para a construção da CTR, em Maravilha; em 90 dias, aterro no Limoeiro será desativado



1d11e0a06b3038971212024f9b898cb5No Dia Mundial do Meio Ambiente, Londrina ganhou um presente: a Central de Tratamento de Resíduos (CTR), que definitivamente, sai do papel. O prefeito Barbosa Neto assinou hoje (5), pela manhã, a ordem de serviço para o início das obras, em uma área rural próxima ao distrito de Maravilha, na região sul, a 25 km do centro da cidade.
As máquinas da empresa Construsinos, vencedora da licitação, começou após a solenidade a obra no terreno de 10 alqueires e tem prazo de 90 dias para entregar a primeira etapa da central. A fase inicial da obra está orçada em R$ 2.561.027,91, e será financiada com recursos do Fundo de Urbanização da Prefeitura.
A CTR representa um avanço para a questão ambiental em Londrina. Ela vai contar com sistema de compostagem, depósito de lixo com uma membrana dupla que vai proteger o solo de contaminação, além de um tanque de tratamento de chorume. “Ela é ambientalmente perfeita e tem prazo de duração de pelo menos, 30 anos”, afirmou o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), André Nadai. Também fará parte da Central, a Usina de Compostagem, comprada pela Prefeitura há mais de uma década e que estava abandonada em Cornélio Procópio e que está sendo reativada.
Nadai afirmou que a construção da Central é um passo importante para a questão ambiental na cidade. “É o município indo para outro patamar no que se refere ao tratamento de resíduos. Esta vai ser uma das unidades mais modernas de todo o país”, ressaltou.
O prefeito Barbosa Neto disse em seu discurso que a instalação da CTR  é um dos atos mais importantes desta administração. “É o início de uma Central de Tratamento de Resíduos, a mais moderna do Brasil porque estamos tomando todas as medidas ambientalmente adequadas”, afirmou. 
O prefeito detalhou que a CTR será um modelo para o Brasil e fez questão de conversar com os moradores e agricultores do distrito de Maravilha, após a solenidade. “Nós não somos irresponsáveis. Este terreno foi escolhido pelo IAP depois de muitos anos. Não haverá nenhum risco ambiental. O que há de mais moderno está sendo implementado aqui”, declarou Barbosa.
“A CTR terá o menor impacto possível, menor risco de contaminação. Exigimos membrana dupla para evitar que o chorume ou outros objetos pudessem chegar ao lençol freático ou ao solo de Maravilha”, prosseguiu o prefeito.
 
A Central foi planejada para agregar diversos serviços de tratamento de resíduos. “Além da impermeabilização do solo, será feita a captação e tratamento do chorume e dos gases tóxicos liberados pelo lixo. Para o aterro propriamente dito, só vão os resíduos com os quais não é possível fazer mais nada. O que for lixo orgânico será aproveitado em compostagem, o que for reciclável será encaminhado para reaproveitamento”, explicou secretário municipal do Ambiente, Carlos Eduardo Levy.
Ele lembrou que a área, distante 5 km do distrito de Maravilha, na região sul, foi apontada por um estudo técnico a partir de uma avaliação de impacto ambiental.  “Esta foi a forma que se definiu como deve ser uma central de tratamento de resíduos”, comentou o secretário.
O professor da UEL, Fernando Fernandes, que acompanhou a formatação do projeto da nova Central de Resíduos, elogiou a iniciativa da prefeitura de promover uma solenidade para marcar o início das obras da CTR. “Há 30 anos a escolha de uma área para receber resíduos era feita de maneira oculta, escondida, sem nenhum estudo técnico, longe das vistas das pessoas. Hoje está sendo feito um ato público, que demonstra transparência, uma comunicação com a sociedade, uma vontade de melhorar o ambiente”, declarou.
Ele ainda lembrou que a Central representa uma demanda de 20 anos da sociedade londrinense. “Desde o início dos anos 90, é que se sabe que o antigo lixão deveria ser desativado e instalado em uma nova área, um aterro controlado, uma área para tratamento de resíduos”, afirmou.
“Este momento é histórico de Londrina. Há mais de 30 anos, temos lutado para que este momento chegasse. É uma obra que vai mudar a concepção que se tem para a destinação de resíduos sólidos urbanos”, opinou o chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Roberto Gonçalves.
Desativação do aterro do Limoeiro
Quando concluída a primeira etapa da Central de Tratamento, em 90 dias, a Prefeitura vai desativar o aterro controlado da cidade. De acordo com Levi, o atual aterro de Londrina é, na verdade, uma versão remediada de lixão. “A área não foi concebida para ser um aterro. Foram tomadas algumas medidas emergenciais para minimizar a poluição, mas ainda assim é uma área de risco até de desmoronamento”, descreveu.
”Lá vamos desenvolver projetos para a recuperação do passivo ambiental do local”, disse Levi. O prefeito Barbosa Neto sugeriu que no local seja instalado um jardim ou um parque para ser visitado pelas pessoas. ”Vamos eliminar a contaminação do córrego dos Periquitos, preservando-o para as futuras gerações”, disse.
Cápsula do tempo
Participaram da solenidade, além do prefeito, o presidente da presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), André Nadai; o secretário do Ambiente, Carlos Levi; o ambientalista João das Águas; o professor da UEL, Fernando Fernandes; o chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Roberto Gonçalves; o gerente de Operações da CMTU, Luciano Borrozino e o representante da empresa Construsinos, Luiz Antonio da Silva.
 
Diversos secretários municipais, diretores e assessores da CMTU, acompanharam a solenidade, que teve placa em pedra fundamental extraída do atual aterro controlado no Limoeiro e uma cápsula do tempo. As autoridades depositaram na caixa, devidamente lacrada, o memorial descritivo da obra da CTR, o projeto impresso, o projeto gravado em CD, uma edição do dia do jornal Folha de Londrina, o histórico do atual aterro sanitário, entre outros documentos. O prefeito Barbosa Neto depositou uma Bíblia sagrada. 
Estes documentos serão enviados para a Biblioteca Pública Municipal e a Universidade Estadual de Londrina, onde será guardado o arquivo digital contendo todas as informações e o dispositivo contidos na cápsula do tempo. Ela será aberta somente em 5 de junho de 2035.
Além da Construsinos, que é a atual responsável pelo aterro, concorreram no processo de licitação, outras duas empresas: a Cavo Gestão Ambiental e a Corpus Saneamento e Obras Ltda.
(Londrina, 5 de junho de 2010)
 

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