Oficina de canto para idosos passa a ser semanal
O projeto teve dois dias de atividade, que resultaram na permanência da proposta
Depois da primeira edição da oficina “Cantoria para a Melhor Idade” ter feito sucesso entre os participantes, o grupo passa a se reunir semanalmente, às sextas-feiras, das 15h às 17h30, na Vila Cultural Brasil. Apesar do público alvo ser a terceira idade, a atividade está aberta a todos entusiastas da boa música das décadas de 30, 40 e 50.
Os encontros são divididos em três partes: primeiro são feitos exercícios para o corpo e a respiração, dentro das necessidades e limites da terceira idade. Em seguida, são apresentadas canções antigas, selecionadas conforme um estudo da professora e preparadora vocal, Meire Valin, do que era ouvido há 60, 70 e 80 anos. Por fim, os participantes recebem um repertório impresso, para que possam acompanhar as músicas programadas.
Segundo a professora e preparadora vocal, Meire Valin, responsável pela oficina, o objetivo principal é mostrar como a música pode ser usada como incentivo social. “Trabalhamos tanto aspectos ligados ao físico quanto ao psicológico dessas pessoas, que têm a autoestima elevada, consideravelmente, com o exercício e o conhecimento musical proporcionados pela oficina”, disse.
A mensalidade tem um custo de R$ 40 e as inscrições estão abertas até completar as 15 vagas disponíveis e podem ser feitas pelo telefone 3324-8056 ou na Vila Cultural Brasil (rua Uruguai, 1656, Vila Brasil).
Estreia
A professora e preparadora vocal, Meire Valin, garante que o primeiro encontro rendeu boas lembranças e até algumas lágrimas. “Apresentei músicas antigas com o violão e a gente percebia que alguns senhores ficavam com os olhos marejados, lembrando da infância e da família”, expõe a professora. Ela também sente orgulho, quando conta que, no final da outra oficina, os participantes não queriam ir embora, emendando o término de uma música com o início da outra, assim que relembravam canções já esquecidas pela maioria.
Entre os participantes da oficina, estava Dona Nilce, 92 anos, pianista. “É muito gostoso poder ainda passar alguma coisa para eles. Aí aparece uma senhorinha de Piracicaba, toda miudinha, interessada em participar. Muito gostoso”, encanta-se a professora.
Além dela, para a aula de hoje, Meire espera um senhor que completa cem anos no mês que vem. “A moça que vai trazê-lo contou que ele toca violão. Estamos animados com o rumo que estas oficinas estão tomando pela animação dos participantes”, comenta a professora.




