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Londrina ganha a Casa dos Conselhos Municipais

Casa dos Conselhos já abriga seis órgãos londrinenses

Com o espaço, será possível unificar os 32 órgãos da cidade em um só local; na sede também é disponibilizada infraestrutura para realização de reuniões

A Casa dos Conselhos recebeu hoje (dia 3), oficialmente, a sede para alocação de alguns conselhos municipais e centralização dos serviços prestados por esses órgãos. O prefeito de Londrina, Barbosa Neto, entregou o local em meio à presença de secretários municipais e representantes dos conselhos locais, explicitando a importância da unificação em um local para abrigar todos os órgãos. Estavam presentes também os vereadores Ivo de Bassi e Lenir de Assis, e a promotora Solange Vicentin.

O prefeito destacou que é necessária uma atenção especial aos Conselhos, pois eles perduram entre as administrações, atuando em prol de benefícios para a comunidade. “É preciso construir tudo isso sem vaidade, pensando no que fica. E a Casa dos Conselhos ficará”, completou Barbosa Neto. Para a coordenadora da Casa dos Conselhos, Heloísa Botelho, essa é uma entrega que acarretará melhorias sociais. “Estamos para construir uma cultura de integração das políticas públicas, e, a partir disso, discuti-las”, expôs a coordenadora.

O secretário de Governo, Jair Gravena, corroborou a afirmação da presidente enaltecendo que os conselhos também são uma forma de controle social e exercício da cidadania. Ele também explicou que a sede entregue hoje não é definitiva, visto que para abrigar os 32 órgãos é necessário um espaço maior, mas que isso já está sendo procurado.

A presidente do Conselho Municipal de Educação, Sandra Regina Coelho Cansian, que está na sede há quatro meses, afirma que com a instalação do órgão no espaço, além da melhoria física, houve também a melhora na integração entre os conselhos. Já o presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, José Mendes de Sousa, na Casa há um mês, destaca a possibilidade de realizar eventos no local, como foi feito final de semana passada.

Antes da entrega da sede, Barbosa Neto recebeu uma carta de agradecimento da Sociedade Cultural e Religiosa Recanto de Oxá Lussuan pela viabilização da reabertura da comunidade, que havia sido fechada pela Secretaria Municipal do Ambiente. Além da carta, o prefeito recebeu também um presente do presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial em mostra de gratidão à abertura de discussões e inclusão das questões raciais na agenda do município.

O espaço, na rua Argentina, 550, Vila Brasil, conta com três salas de reuniões e já abriga seis entidades da cidade: Conselho Municipal de Educação, de Alimentação Escolar, de Promoção da Igualdade Racial, dos Direitos da Criança e do Adolescente, de Assistência Social e de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação (Fundeb).

Parceria

A Casa dos Conselhos Municipais funciona na estrutura da antiga Escola Municipal Arthur Thomas. Entre as mudanças promovidas para adaptar ao local a nova realidade, o prédio recebeu pintura nova. O trabalho foi feito por um jovem, que está em processo de recuperação no um Centro de Socioeducação (Cense). O adolescente, que está com 18 anos, começou a se envolver com drogas aos 12, sendo preso no ano passado por assalto a mão armada aos 16.

O rapaz, que completou um ano e meio no Cense, foi escolhido e concordou em participar do programa Participação Solidária, que consiste em dar oportunidades a jovens em recuperação no Cense, que estejam com seu prazo de permanência próximo do fim e com histórico de bom comportamento durante sua estada no centro.

Londrina é o segundo município paranaense a adotar o programa, que já existe em Piraquara. O Participação Solidária é resultado da parceria do governo estadual, pela Secretaria de Estado da Criança e da Juventude, que capitaneia a idéia, com a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Gestão Pública, que viabiliza os locais para a realização das atividades, como aconteceu na Casa dos Conselhos.

Conforme explicou a assistente social do SECJ, Patricia Giangarelli, os jovens são estimulados a desenvolver os trabalhos pelos quais desenvolvem maior afinidade e habilidade. “Nós realizamos atividades com esses adolescentes e, de acordo com as características de cada um, suas preferências e habilidades, fazemos o seu encaminhamento para executar trabalhos voluntários naquela área”, esclareceu.

“A experiência foi muito positiva. O garoto teve um progresso muito significativo. Ele era muito quieto, tímido, não gostava de se expressar. Após a convivência com o pessoal da casa, ele se soltou bastante”, relatou Patrícia Giangarelli. A assistente social disse que o principal objetivo é proporcionar aos menores um retorno digno ao convívio comunitário. “Além da volta ao seio familiar, é importante que o adolescente tenha capacidade de conviver em comunidade, com habilidades para exercer uma profissão e ter boas relações com outras pessoas”.

Para o jovem, a experiência também foi satisfatória. Ele declarou que gostou muito do pessoal da casa. “Todo mundo me dava bastante conselho e me tratava muito bem”, afirmou. Completar o trabalho foi difícil, conforme relatou, mas ele recebeu ajuda de um orientador da SECJ, que passou dicas sobre os métodos corretos de pintura e procedimentos de segurança.

Seus planos para o retorno ao convívio social são estudar, ajudar a família e fazer um curso de informática e, posteriormente, casar, construir uma família e seguir a profissão de pintor, tal qual o pai. Além dele, outro jovem passou pelo processo de recuperação do programa Participação Solidária. Após fazer um trabalho de tratamento dos cavalos da Cavalaria da Polícia Militar de Londrina, ele também será reinserido com sucesso ao convívio social.

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