Durante o ano de 2020, que trouxe diversos desafios para a população brasileira e mundial, devido à pandemia do novo Coronavírus, muitas atividades, programas e formas de atender ao público precisaram ser repensadas e renovadas. Em Londrina, isso não foi diferente. A Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda (SMTER) foi uma das pastas que atuou com inovação e austeridade, buscando parcerias para viabilizar oportunidades ao trabalhador.
Para isso, a prefeitura investiu em melhorias na estrutura do órgão, oportunizou a qualificação da mão de obra e promoveu a inserção profissional, de forma a contribuir para a economia local. Segundo o secretário do Trabalho, Emprego e Renda, Elzo Carreri, assim como nos anos anteriores, em 2020 a pasta apoiou vários eventos de empregabilidade em Londrina, aproximando o poder público das Instituições de Ensino Superior (IES), sindicatos e da sociedade civil. “Costuramos iniciativas para suprir a demanda do setor produtivo, permitindo que o trabalhador pudesse investir em um novo ofício. Duas ações importantes nesse sentido foram a realização do curso de garçom em parceria com a Abrasel, com 30 alunos e mais de 90% deles trabalhando atualmente, e o curso de formação de trabalhadores com deficiência, quete teve 17 participantes e garantia a contratação dos formandos, em parceria com a TCS e a PUC”, pontuou.
Ainda na qualificação, diversas parcerias firmadas permitiram o atendimento de milhares de trabalhadroe. Foram ofertados cursos de motorista de cargas perigosas e motorista de transporte escolar em parceria com o Sest/Senat, que envolveu mais de 120 trabalhadores. O programa “Caminhos da Profissão” em parceria com o Senai, formou mais de 200 pessoas em cursos de técnico em informática, técnico administrativo e técnico em mecânica. A Feira de Cursos Técnicos, ação conjunta com escolas da rede estadual de ensino, teve mais de 2.500 trabalhadores inscritos nos diferentes cursos ao longo desses quatro anos. Cursos de curta duração do Sesc contaram com 158 trabalhadores por meio da Secretaria. O Pronatec Turismo, executado pelo Instituto Federal do Paraná, teve 150 trabalhadores encaminhados pela Secretaria para os cursos de Programador de aplicativo, e idioma de libras e espanhol. Além dos diversos cursos EAD que a Secretaria divulga e, por ter sistema próprio dos parceiros, não é possível quantificar exatamente o número de pessoas alcançadas.
Para Carreri, o resgate da imagem institucional da Secretaria, aliado ao bom serviço prestado aos trabalhadores e empresas, levou à conquista de resultados expressivos ao longo dos últimos quatro anos. Entre outros avanços, o secretário mencionou a implementação de novos serviços e de uma dinâmica de atendimento eficiente e alinhada às inovações tecnológicas, além do premiado projeto de comunicação e informação. Além disso, a pasta passou a oferecer novas ferramentas de atendimento às empresas e aos trabalhadores, e todos os seus serviços foram disponibilizados pela internet, contando com material de orientação detalhado, como manuais e guias.
Outro serviço implantado foi o Laboratório de Cursos, que traz quatro estandes individuais de estudo, com computadores à disposição para que os trabalhadores realizem cursos online. A reativação do microcrédito orientado atendeu mais de 300 empresários e MEIs da cidade, o que resultou em um aporte de cerca de R$ 2 milhões aos pequenos negócios de Londrina, somente em 2020. “O microcrédito foi essencial para que muitas pequenas empresas sobrevivessem ao período de isolamento necessário para conter a crise do coronavírus. Para muitas, foi a diferença entre fechar e continuar o empreendimento. Saber que possibilitamos essa continuidade é gratificante”, disse.
O secretário destacou alguns dados para dimensionar os serviços prestados na Secretaria. “Ao longo dos quatro anos, tivemos uma média de 85 mil atendimentos diretos na Secretaria. Por volta de 7.500 novos trabalhadores foram inscritos a cada ano e mais de 20 mil encaminhamentos para entrevista foram feitas. Por ano, 18 mil trabalhadores são habilitados no programa seguro desemprego. Durante o período de emissão de carteira de trabalho, foram cerca de 20 mil trabalhadores, que antes tinha de buscar esse serviço fora da cidade, que confeccionaram seus documentos com a gente em tempo recorde. Por volta de 700 empresas usufruiram todos os anos do serviço do Sine, desde a abertura de vaga e a triagem de candidatos até realização do processo seletivo em nossas dependências, o que potencializou muito o número de oportunidades de emprego ofertadas ao trabalhador, chegando a uma média de 5 mil vagas ofertadas todos os anos. Um número muito interessante é o de trabalhadores com deficiência inseridos no mercado formal, que ultrapassou a casa da centena todos esses anos”, elencou Carreri.
Outra novidade foi a instauração do atendimento aos Distritos. Com a criação do curso de Costura Industrial, em parceria com SENAI e SIVEPAR, foi possível atender uma demanda antiga com a realização de cursos de formação em Lerrovile e Guaravera. A turma de alunos de Lerrovile, por exemplo, formou 11 alunas e quatro delas montaram uma cooperativa de costureiras. Essas profissionais se formalizaram e, hoje, atendem diversas empresas, com encomendas em grande escala, gerando renda dentro do distrito. No momento, as 13 formandas de Guaravera também estudam a formação de um grupo produtivo. Outros cursos na área rural estavam programados pela secretaria, porém, com a pandemia, essas atividades estão temporariamente suspensas, para evitar aglomerações.
Entre as metas futuras, o secretário do Trabalho, Emprego e Renda elencou a consolidação da SMTER como um polo formador e gerador de empregos. O órgão deve oferecer qualificação profissional, além de servir como uma ferramenta de mudança social e um instrumento ativo de reestruturação da economia pós-pandemia. “As ações interdisciplinares devem ser uma tendência, com a busca de parcerias como a que temos no projeto de educação fiscal, com o departamento de economia da UEL. Além da educação profissional, o atendimento psicológico ao trabalhador, a alfabetização digital e outros que estavam em fase de desenvolvimento, mas foram interrompidos por causa da pandemia, serão retomados com força”, disse Carreri.
Outra medida que deve ser colocada em prática é a aproximação entre o setor de microcrédito orientado e a Sala do Empreendedor. A intenção é que seja ampliado o número de pessoas atendidas pelo financiamento, para que os micro e pequenos empresários tenha acesso ao crédito e movimentem a economia local, sendo uma engrenagem importante na retomada do crescimento.
Texto: Assessoria da Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda