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Enquete define novas etapas do Trem Pé-Vermelho

Enquete define novas etapas do Trem Pé-Vermelho

 

Pesquisa aplicada entre os dias 22, 23, 24 e 26 de outubro irá apontar os próximos avanços do projeto; serviço deve operar dentro de cinco anos

A reativação do trem de passageiros no eixo Londrina-Maringá, que percorre as cidades de Ibiporã, na região norte do Paraná, até Paiçandu, no noroeste, mais conhecido como Trem Pé-Vermelho, foi o principal tema tratado em reunião realizada hoje (8), na sede do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Londrina (Ippul), no prédio da prefeitura. Novas estratégias e apresentação das próximas etapas do projeto foram alguns dos temas abordados.

A reunião determinou a aplicação de uma enquete de caráter socioeconômico nos dias 22, 23, 24 e 26 de outubro nos passageiros embarcados em viagens rodoviárias intermunicipais entre Ibiporã e Paiçandu, além de três locais escolhidos pela equipe de coordenação do Trem Pé-Vermelho.

A pesquisa, encomendada pelo Ministério dos Transportes, será executada por alunos e professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), sob a coordenação da professora do Departamento de Geociências, Yoshi Ferreira, e da Universidade Estadual de Maringá (UEM), supervisionados pelo professor Generoso de Angelis Neto, coordenador do mestrado em Engenharia Urbana da instituição maringaense.

O presidente do Ippul, Carlos Alberto Hirata, explicou detalhadamente como a ação será feita. “Os motoristas serão entrevistados nos postos da Polícia Rodoviária Estadual em Rolândia, da Polícia Rodoviária Federal em Marialva e no entrucamento rodoviária de Apucarana. Com a outra parte do projeto, pretendemos aplicar a pesquisa em 20 mil pessoas tanto de Londrina como Maringá”, afirmou.

Hirata observou que a enquete, uma parceria do Laboratório de Transportes (Labtrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com as duas universidades da região, define outros elementos importantes do projeto. “Essa medida aborda quanto usuários utilizariam o serviço e a capacidade do trem, por exemplo. Ou seja, questões essenciais para que a proposta continue sendo bem encaminhada”, ressaltou o presidente.

De acordo com um dos membros da equipe de implantação do Pé-Vermelho, Samuel Gomes, o funcionamento do serviço apresenta várias vantagens em relação ao transporte rodoviário. “Economia de energia, o que atende a questão ambiental, conforto e segurança são alguns dos pontos que merecem ser analisados com atenção”, argumentou.

Gomes adiantou que essa proposta cabe perfeitamente no perfil econômico entre o trecho Londrina-Maringá. “Devemos levar em consideração a futura integração entre as atividades desses dois municípios e a necessidade de instalar um serviço de alto estudo técnico como esse nessa região, cujo potencial de desenvolvimento é notável”, disse. Ele afirmou que, dentro de cinco anos, o Trem Pé-Vermelho estará operando na região.

Etapas

Segundo o engenheiros de transportes da Labtrans da UFSC, Rodolfo Nicolazzi Philippi, o projeto ainda está na fase de estudos. “Primeiramente, o levantamento de todas as questões ligadas ao meio ambiente, economia e capacidade financeira para a implantação do trem ainda estão sendo elaboradas. Só para essa parte, que deve ser concluída no final deste ano, o Ministério dos Transportes liberou R$ 400 mil”, frisou.

Nicolazzi recordou que um projeto básico e a elaboração de outorga, que é a faz de licitação do projeto, são os próximos passos a serem dados. “A idéia é que não haja a inclusão do transporte de passageiros e carga. Para isso, a pretensão é construir uma via paralela”, ressaltou.

Estiveram ainda presentes na reunião a professora do Departamento de Geociências da UEL, Yoshi Ferreira e o engenheiro civil da Labtrans, Tiago Just Milanez, além do gerente administrativo-financeiro do Ippul, José Luiz Alves Nunes.

Foto: Rafael Machado 

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