Montagem fica em cartaz no Teatro Filo por dois finais de semana; peça é a segunda de três que comemoram os 15 anos da EMT
Integrando a programação comemorativa dos 15 anos da Escola Municipal de Teatro (EMT), a segunda turma de formandos de 2010 leva ao palco do Teatro Filo, a montagem de “Aurora da minha vida”, peça de Naum Alves de Souza. O teatro Filo fica na rua Cuiabá, 39.
O objetivo das montagens, que têm patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), é oportunizar aos alunos da Escola Municipal de Teatro a participação na produção e temporada de espetáculos. Dessa forma, os estudantes concretizam as etapas de formação e oferecem ao público de Londrina a oportunidade de assistir a três espetáculos feitos por pessoas da cidade.
Para isso, foram escolhidos três dramaturgos brasileiros com os respectivos espetáculos: O Beijo no Asfalto de Nelson Rodrigues, Aurora da Minha Vida de Naum Alves de Souza e O Pagador de promessas de Dias Gomes. As montagens se justificam pela importância que representam para o teatro brasileiro.
O processo de trabalho para a realização dos três espetáculos segue a metodologia de trabalho da Escola Municipal de Teatro que prevê a principio a formação dos alunos, a escolha do elenco através de bancas de avaliação, treinamento corporal e vocal, estudo teórico do texto e das características estéticas das montagens, estudos específicos do texto a ser montado, criação (cenas, cenografia, sonoplastia, figurino) e ensaios.
Depois do espetáculo O Beijo no Asfalto, que estreou em setembro no teatro Ouro Verde, estréia agora o segundo espetáculo de formatura: “Aurora da Minha Vida”, de Naum Alves de Souza, dirigido por Edna Aguiar e Guilherme Kirchheim. As apresentações estão programadas para os dias 22, 23 e 24 de outubro, na próxima semana, e na semana seguinte, nos dias 29, 30 e 31. Os espetáculos iniciam sempre às 20h, e a entrada custa 1 kg de alimento não perecível.
O diretor Guilherme Kirchheim comentou o processo de escolha e elaboração da peça para a montagem. “A peça é uma crítica ao sistema de ensino dos anos 60, mas é possível verificar no texto que há muitas críticas que continuam muito atuais. Portanto, mantivemos muitas coisas originais, mas preparamos uma linguagem atualizada”, afirmou.
“Fizemos o corte de algumas cenas e adaptação para outras, mas mantivemos o contexto. Fizemos também uma aposta em uma linguagem mais visual, com cenário enxuto. Muito do cenário é composto pelas próprias sombras e partituras culturais dos atores, e por banquinhos”, completou o diretor.
“Aurora da minha vida”
“Aurora da minha vida”, trecho do poema de Casimiro de Abreu, é o nome dado por Naum Alves de Souza para o texto que escreveu retratando a mesquinhez e pequenas maldades existentes nas relações cotidianas de dentro de uma escola. Utilizando-se de poemas e canções do antigo programa escolar, o autor narra o funcionamento das aulas e traça o caráter de principais figuras de uma sala de aula.
Os professores Edna Aguiar e Guilherme Kirchheim, diretores da peça juntamente com o elenco da montagem levaram durante o ano ensaios para as ruas de Londrina que aconteceram quinzenalmente. Nos ensaio abertos foram apresentados fragmentos do espetáculo com o intuito de divulgar o trabalho, e principalmente na formação de público.
