99% dos criadouros de dengue estão dentro das residências de Londrina
Desde a primeira semana de janeiro até o momento, Londrina já registrou 756 casos confirmados de dengue; Prefeitura pede a colaboração da população no combate aos focos do mosquito
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A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), continua intensificando os trabalhos de combate e prevenção à proliferação do mosquito Aedes aegypti. Para controlar a proliferação do causador da Dengue, Zika, Febre Chikungunya e Febre Amarela, a Prefeitura têm aplicado desde terça-feira (23) o inseticida com os equipamentos de ultrabaixo volume (UBV), conhecidos como fumacê.
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Além disso, os agentes municipais de endemias têm reforçado os trabalhos educativos e de conscientização da população sobre a importância de se inspecionar os quintais e os domicílios para eliminar os possíveis criadouros no mosquito. Isso é importante, pois de acordo com os dados oficiais da Secretaria Municipal de Saúde, 99% dos criadouros de dengue estão dentro das residências dos moradores de Londrina, ou seja, em pratos de plantas, em calhas d’água entupidas, bebedouros dos animais, pneus, garrafas, latas e objetos deixados no tempo.
Outra medida que vem sendo tomada é o envio imediato de uma equipe de endemias à localidade de pacientes com suspeita ou confirmação de dengue. Assim que estes chegam às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o médico identifica o quadro semelhante e possivelmente da doença, a unidade de saúde notifica o setor de endemias. Este faz o bloqueio do mosquito no entorno da residência do paciente, evitado que o mosquito espalhe a doença para os vizinhos e pelo bairro.
Para o coordenador de endemias em Londrina, Nino Medeiros, todas essas ações são importantes e se complementam. “Do fumacê até as atividades educativas há um complemento, pois para chegarmos ao objetivo principal, que é diminuir a incidência vetorial e o número de casos notificados e positivos, a população tem que nos ajudar e entender que 99% dos focos estão nos seus quintais. Então, eles precisam tirar um ou dois dias da semana para olharem o quintal e ver o que pode acumular água. A participação da população tem influência direta nos nossos resultados”, explicou o coordenador de endemias.
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Para não deixar passar nada, os agentes municipais de endemias também contam com a ajuda das imobiliárias quando há imóveis fechados, por estarem para venda ou aluguel. Nesses casos, quando os agentes passam vistoriando e identificam o fechamento, eles pedem a colaboração das imobiliárias para abrirem o local para a inspeção contra a dengue. Dessa maneira, eles eliminam os objetos que poderiam servir de depósito e criação de larvas do mosquito e protegem os moradores vizinhos. Também continuam sendo vistoriados os pontos críticos, como fundos de vale, e os depósitos fixos e dispersado o inseticida com bombas costais. Todas as medidas estão sendo intensificadas pela SMS para se evitar uma possível epidemia de dengue no município.
Dengue em números – Isso porque, de acordo com o Boletim da Dengue atualizado e divulgado nesta sexta-feira (26), foram registrados, em Londrina, desde a primeira semana de janeiro de 2021 até o momento, 756 casos confirmados de dengue, sendo que três óbitos foram de dengue, dois casos graves foram registrados e 29 com sinais de alarme. Ao todo, 4.536 notificações da doença foram feitas, sendo que 1.698 foram descartadas e outras 2.037 estão aguardando os resultados dos exames laboratoriais.
Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, pelo telefone (43) 3372-9434.