Cidadão

Saúde transfere mutirão da dengue para a região oeste

Maracanã, Panissa, João Turquino e Bandeirantes são os bairros atendidos; CMTU atua em parceria no recolhimento de materiais despejados irregularmente

Maracanã, Panissa, João Turquino e Bandeirantes são os bairros atendidos; CMTU atua em parceria no recolhimento de materiais despejados irregularmente

Depois de atender a região norte de Londrina, a Secretaria Municipal de Saúde transfere o mutirão contra a dengue para área oeste da cidade, atendendo moradores dos jardins Maracanã, Panissa, João Turquino e Bandeirantes. A ação prossegue até o final desta semana e tem o objetivo de recolher entulhos que servem como abrigo para que o mosquito Aedes Aegypti prolifere-se cada vez mais.

De acordo com o coordenador de Endemias da Secretaria de Saúde, Elson Belisário, a região oeste fecha um roteiro elaborado inicialmente para atender todos os pontos do município. Ele ressaltou que a preocupação principal é com a coleta de entulhos depositados irregularmente. “Esses locais são ideais para que a doença se alastre, aumentando os índices de incidência na cidade’    , avaliou.

Belisário argumentou que a coleta dos materiais deve ser finalizada hoje (21) nos bairros Vivi Xavier e Professora Marieta, na região norte. Porém, agentes de endemias e funcionários da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) já adiantam o serviço para a região oeste. “Essa parceria é fundamental para que a triagem dos resíduos seja feita diretamente na residência”, comentou.

Os materiais que apresentarem algum tipo de rejeito serão encaminhados para a Central de Tratamento de Resíduos (CTR), localizada no distrito de Maravilha. Já os recicláveis são destinados para as cooperativas responsáveis. “Em um balanço geral, recolhemos 16 caminhões de entulhos da região norte. O número foi maior no centro, com 44, sul, com 105 e leste, com 145”, apresentou o coordenador.

Elson Belisáro garantiu que os 80 agentes de endemias contratados com recursos do governo estadual e capacitados pela Secretaria Municipal de Saúde na semana passada estão sendo acompanhados por outros funcionários. “O acompanhamento é necessário para que o trabalho de prevenção seja feito individualmente”, ressaltou. O fumacê continua a ser aplicado pelos 10 veículos disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

Números atualizados

O balanço divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria de Saúde apontou que o número de casos confirmados da dengue em Londrina subiu de 1.648 para 2.085. A área mais crítica continua na região leste, com 1.198 situações registradas, seguida da sul (253), centro (245), norte (219), oeste (155) e zona rural com 15. O levantamento foi feito entre os dias 14 e 17 de março.

Segundo o diretor executivo da Secretaria de Saúde, Márcio Makoto Nishida, a nota divulgada no último 17 pelo Ministério da Saúde desobrigando a necessidade do exame de sangue (sorologia) para a confirmação da dengue motivou o crescimento do número de situações detectadas. “Anteriormente, tínhamos que encaminhar o exame para um laboratório instalado em Curitiba. Até o resultado final, o processo demorava 15 dias”, afirmou.

A partir de agora, Nishida explicou que a Secretaria de Saúde leva em consideração dois critérios clínicos para que o caso seja confirmado ou não como dengue. “É necessário avaliar a região da epidemia e os sintomas apresentados pela pessoa infectada quando comparece ao posto de saúde e realiza o exame. Outra questão importante é que a administração municipal adotou esse critério depois da permissão do Ministério da Saúde”, comentou.

O diretor executivo, porém, argumentou que o exame laboratorial continua a ser aplicado em alguns casos, como gestantes, crianças menores de cinco anos que apresentam manchas vermelhas no corpo, febre hemorrágica, dengue com complicação, óbito e em pelo menos 10% das situações ainda não investigadas pela Secretaria de Saúde.

O levantamento apresentou ainda 7.434 notificações feitas, com 587 descartadas. O número de óbitos não foi alterado, sendo duas mortes, uma na região leste e outra no centro da cidade.

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