Projeto de Letramento Digital abre no domingo (16) inscrições para nova turma

Neste domingo (16), serão abertas inscrições para 106 vagas para a segunda turma do Projeto de Letramento Digital. O projeto tem o objetivo de formar multiplicadores capacitados nas áreas de Educação 4.0 e Indústria 4.0, para ensinar conteúdos relacionados ao futuro do trabalho e ao uso da tecnologia para a solução de problemas. A formação é voltada a estudantes de Ensino Médio, Técnico ou Superior, professores da rede pública e profissionais de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), que residem, estudam ou trabalham em Londrina. As inscrições, assim como a capacitação e os materiais, são gratuitas, e poderão ser feitas a partir deste link até o dia 1º de novembro.

O projeto é iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), numa parceria inédita com a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME). Os inscritos deverão preencher um formulário para participar da seleção, que terá o resultado divulgado no dia 4 de novembro, pelo mesmo site. Os classificados no processo seletivo terão aulas do Módulo Essencial de 12 de novembro a 17 de dezembro. O objetivo é capacitar 120 pessoas no total.

As atividades serão, em sua maioria, on-line e transmitidas ao vivo, mas haverá três encontros presenciais, que acontecerão em Londrina nos dias 12 de novembro, e 10 e 17 de dezembro, em local a ser divulgado.

Toda a capacitação dos multiplicadores será ministrada pela equipe da Facti, que é uma Instituição Científica e Tecnológica, que realiza projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) na área de TIC, e especializada em Serviços 4.0, especialmente de Análise e Monitoramento de Dados, Internet das Coisas, Saúde, Segurança da Informação e Varejo. Todos os materiais didáticos serão entregues gratuitamente para os participantes, pela equipe da instituição.

O coordenador-geral do projeto Letramento Digital pela Facti, José Augusto de Lima Prestes, explicou o que são os termos com 4.0. “Indústria 4.0 se refere a um sistema de execução de atividades sem a intervenção humana. Está relacionado à Inteligência Artificial, ao uso intensivo de dados e às possibilidades que eles proporcionam de resolver problemas”, contou.

A capacidade de um sistema “perceber” e ajustar sua atuação conforme ocorrem mudanças no fluxo de uma máquina, por exemplo, pode ser incluída no que se classifica como Indústria 4.0. “Já para a Educação 4.0, o que fazemos é utilizar uma abordagem trazida dos conhecimentos que adquirimos pelas inovações digitais, para aplicar numa educação que entende as tecnologias como ferramentas”, informou o coordenador-geral do projeto.

Módulos

Prestes lembrou que já foram capacitadas 14 pessoas na primeira turma. “Começamos as aulas com 34 pessoas, mas apenas 14 concluíram todo o módulo e foram aprovadas”, revelou. A Turma 01 teve aulas do Módulo Essencial desde 3 de setembro, e a aula de encerramento foi no último sábado (8).

Estes multiplicadores já estão aptos a dar aulas de noções básicas de programação, e auxiliar seus alunos a desenvolver aptidões requeridas pelo mercado de trabalho frente às inovações digitais, principalmente nas áreas de TIC. Dentre elas, estão habilidades em relações interpessoais, resolução de problemas, desenvolvimento do raciocínio lógico e trabalho em equipe.

Na segunda fase da capacitação, os participantes serão divididos entre os módulos Educação 4.0, que é para quem já é professor, e Indústria 4.0, para os demais. Este segundo módulo terá início em 2023, e os alunos das turmas 01 e 02 não necessariamente terão aulas juntos nesta fase.

Estes dois módulos compõem a primeira etapa da capacitação, tendo o módulo Essencial, 98h, e o Módulo Educação 4.0 ou Indústria 4.0, 75h, somando no total, 173 horas de duração. A previsão é de que a fase termine em dezembro de 2023. “Além disso, caso queiram, os participantes poderão realizar disciplinas complementares somando até 67h, podendo chegar a 240h de capacitação”, afirmou o coordenador-geral.

Londrina é a primeira cidade do Brasil a receber o projeto, que faz parte do programa “MCTI Futuro: Futuro do Trabalho, Trabalho do Futuro”, do MCTI. Para tanto, o Governo Federal está investindo R$ 2 milhões no ensino de habilidades nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM). O projeto é realizado também em parceria com a Universidade Positivo. Segundo Prestes, Londrina foi escolhida por ser um município com grande atuação na área de TIC, e que abriga empresas multinacionais do setor de tecnologia.

Texto: Débora Mantovani, sob supervisão dos jornalistas do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina