Índice de infestação da dengue cai mais de 60%
Índice de infestação da dengue cai mais de 60%Região sul da cidade apresentou a maior redução do LIRAa, ou seja, 93%; maioria dos focos ainda é encontrada em latas, garrafas, plásticos e em vasos de plantas
Índice de infestação da dengue cai mais de 60%Região sul da cidade apresentou a maior redução do LIRAa, ou seja, 93%; maioria dos focos ainda é encontrada em latas, garrafas, plásticos e em vasos de plantas
Hoje (4), a Secretaria Municipal de Saúde divulgou os dados do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) amostral, realizado em 10 bairros da cidade, na sexta-feira (1). Dos 10 bairros que foram vistoriados, quatro ficam na área central, dois na zona oeste, dois na sul e dois na leste.
Na região central, houve uma redução de 85% do percentual de focos do mosquito em comparação com o último levantamento feito em 7 de janeiro. O índice encontrado foi de 2,55%, ou seja, a cada cem casas vistoriadas, duas continham focos do Aedes aegypti. Os agentes de endemias inspecionaram 196 imóveis localizados no Jardim Paulista, Vila Casoni, Centro Social Urbano da Vila Portuguesa (CSU) e no Jardim Petrópolis. No primeiro LIRAa de 2013, o índice era de 16,77% nessa região.
A zona sul foi a que apresentou a maior redução do índice, ou seja, 93%. No primeiro LIRAa, o índice era de 17,86%. Hoje, o valor é de 1,29%. Das 155 residências visitadas no Jardim Santa Joana e no Conjunto Habitacional Cafezal II apenas duas tinham larvas do mosquito da dengue.
Já na região leste, a redução foi de 63%, pois no primeiro levantamento o índice foi de 16,25% e, agora, está em 6,06%. Os agentes inspecionaram 198 imóveis no Conjunto Residencial Lindóia e na Vila Santa Terezinha. Destes, 12 continham focos.
Os funcionários da saúde também fiscalizaram 95 residências no Quebec e no Conjunto Habitacional Panissa, que ficam na zona oeste da cidade. Nessa área, o índice de infestação ficou em 5,26%, o que representa uma redução de 68% em comparação com o primeiro LIRAa, que apresentou 16,30% de infestação.
De acordo com os dados do segundo levantamento amostral, 41,2% dos focos do mosquito foram encontrados em latas, garrafas e plásticos. Outros 14,7% estavam em vasos e pratos de plantas. Outros 11,8% dos criadouros estavam em pneus, 8,8% em bebedouros de animais e 8,8% em tanques de armazenamento de água.
O coordenador de Endemias, Elson Belisário, explicou que 21% dos focos do mosquito estavam em dentro das casas inspecionadas, mas a maioria deles foi encontrada nos quintais das residências, o que representa 54%. Em terrenos baldios, os agentes acharam 25% dos focos. “O índice reduziu bastante, mas como ontem choveu muito, as pessoas tem que limpar seus quintais e ficar atentas aos locais que podem acumular água. Pois, se isso não for feito pelos moradores até quinta-feira, haverá muita larva se tornando mosquito e muitos ovos eclodindo e se tornando larva com o contato com a água da chuva. Todos precisam cuidar para que o trabalho feito durante duas semanas não se perca em quatro dias”, disse Belisário.
A área de abrangência dos bairros contempla quase 13 mil imóveis, dos quais 644 foram fiscalizados. Ao todo, 10 equipes estavam envolvidas com mais de 60 agentes, 10 orientadores e cinco supervisores.
O segundo LIRAa amostral não serve como parâmetro para o Ministério de Saúde, mas sim à Secretaria de Saúde que vai utilizá-lo para avaliar os trabalhos que vêm sendo feito no combate ao mosquito transmissor da dengue, bem como o envolvimento da população.
Fotos: N.com