Polo regional vai melhorar atendimento a urgências
Ministério da Saúde aprova designação de Londrina como segundo polo de urgência e emergência do Paraná. Hospitais terão recursos para investimentos
O secretário Nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Junior, aprovou e determinou a designação imediata da região de Londrina como segundo Polo da Rede de Urgência e Emergência do Paraná. O anúncio foi feito por Magalhães ontem(15) em Brasília, durante audiência com o prefeito de Londrina, Alexandre Lopes Kireeff, o secretário municipal de Saúde, Francisco Eugênio de Souza, e o superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Paulo Almeida.
No despacho assinado em seu Gabinete, no Ministério da Saúde, Helvécio acatou a solicitação feita pelas autoridades londrinenses e determinou que a designação seja finalizada “imediatamente”. No documento entregue ao secretário Nacional de Atenção à Saúde, Kireeff e Souza ressaltam que Londrina é a segunda maior cidade do Estado e já conta com serviços de urgência e emergência integrados com municípios próximos.
O secretário de Saúde de Londrina define a designação como “excelente” não só para Londrina como também para os municípios da macrorregião. Com a nova denominação, que foi solicitada por Londrina, serão viabilizados investimentos por parte dos hospitais, melhoria dos valores de diárias hospitalares e também ampliação da rede de terapia intensiva na região.
“Os ganhos serão muito significativos para os hospitais da rede de urgência e emergência”, ressalta Souza. Uma parte dos recursos que serão disponibilizados poderá ser usada para o pagamento de plantonistas, o que é muito importante para reduzir a evasão desses profissionais, um dos grandes problemas verificados nos prontos-socorros.
Só pela adesão ao polo, cada hospital poderá receber até R$ 300 mil por mês, fora as diárias das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que vão subir em torno de 80%. Atualmente, as diárias de UTI ficam entre R$ 450 e R$ 500. Esse valor passará a R$ 800. Entre os recursos previstos para o polo estão R$ 100 mil para a implantação de cada leito de UTI. O hospital que construir e implantar uma nova UTI com dez leitos, por exemplo, terá R$ 1 milhão em recursos federais.
As secretarias Municipal e Estadual de Saúde vão elaborar agora como será formado o polo, para em seguida chamar os hospitais da região para expor como serão feitos os financiamentos. Souza explica que a rede está praticamente pronta na região. Londrina foi a primeira do Estado a ter o SAMU regionalizado, fato que influenciou na decisão do Ministério da Saúde de considerar a região apta a ter o Polo da Rede de Urgência e Emergência do Estado do Paraná.