Destaques

Projetos Acolher e Bem-Estar.Com ampliam atendimentos para mulheres

Parceria entre Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres e universidade vai atender gratuitamente mulheres com depressão e ansiedade e aquelas que precisam de fisioterapia ginecológica

Na manhã desta quinta-feira (30), o prefeito Marcelo Belinati e a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy Fernandes, foram até a sede da Clínica de Psicologia e Fisioterapia da Anhanguera Catuaí (Unopar), para anunciar a ampliação dos atendimentos desenvolvidos pelos Projetos Acolher e Bem-Estar.Com, desenvolvidos em parceria com a instituição de ensino superior. Eles foram recebidos pela reitora Flávia Pomin Frutos, na sede da clínica, que fica na Rua Luís Lerco esquina com a Edwy Taques de Araújo.

Os dois projetos vêm sendo desenvolvidos gratuitamente em Londrina, desde 2021. O Projeto Acolher tinha foco no acompanhamento psicológico e no tratamento de saúde mental para as mulheres enlutadas devido à Covid-19. A partir de agora, além dessas, outras mulheres que estão sofrendo com a depressão ou ansiedade também serão atendidas. Já o Projeto Bem-Estar.Com (antigo ‘Bem-Estar Com Saúde Física’) presta atendimento de fisioterapia gratuito em diversas áreas da saúde da mulher (veja todos abaixo).

Na foto, o prefeito Marcelo Belinati assina renovação dos projetos. Ao seu lado estão a reitora da Anhanguera, Flávia Frutos, o vice-prefeito, João Mendonça, a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy Fernandes e uma graduanda da universidade. Foto: Vivian Honorato

Em dois anos, 2021 e 2022, o Acolher atendeu 37 mulheres e o Bem-Estar outras 64. Todas as participantes são mulheres acima dos 18 anos, em situação de vulnerabilidade social ou sem condições financeiras para arcar com os custos desses tratamentos, e participantes das atividades ofertadas pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres.

Foto: Vivian Honorato

Durante a visita oficial, o prefeito de Londrina, parabenizou a instituição de ensino pelos projeto de extensão e disse que eles vêm somar esforços na área da saúde, visto que devido à pandemia, há uma demanda maior por atendimentos na área de psicologia e fisioterapia que têm forçado o Sistema Único de Saúde (SUS).

“A Unopar [Anhanguera] é uma grande parceira da cidade e esses projetos são fantásticos. Só tenho palavras de gratidão, porque estamos vendo os danos que a pandemia causou não só na saúde, com 700 mil mortos registrados, mas outros que advém das sequelas da Covid-19, como problemas pulmonares e psicológicas, com a depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico. E a fisioterapia ginecológica é um drama muito grande para as mulheres, principalmente para aquelas que não conseguem segurar a urina. Isso tem consequências muito sérias na vida das pessoas. Por isso, só tenho que agradecer a instituição que vem somar esforços com a Prefeitura”, disse Marcelo.

Foto: Vivian Honorato

A reitora da Anhanguera Catuaí (Unopar), Flávia Pomin Frutos, explicou que, para a instituição de ensino, ter a Prefeitura de Londrina como parceira em diversos projetos de extensão também traz benefícios para o ensino e aprendizagem dos universitários, visto o impacto social deles.

“São dois projetos muito representativos pelo impacto que causam junto à comunidade, pelo bem-estar proporcionado e por desafogar o Sistema Único de Saúde, porque acaba atendendo uma série de pessoas que precisaria com mais urgência e que nós conseguimos priorizar. Também temos os benefícios para os nossos alunos, porque o atendimento à população desenvolve competências não apenas técnicas, mas também socioemocionais, de relacionamento humano, da vida e de entender o cotidiano da vida das pessoas. É uma ponte entre a academia e a realidade da sociedade. Tudo isso é feito por meio das práticas, dos projetos de extensão e estágios. Esse impacto social e a conscientização do aluno é muito importante, para que ele saiba se engajar nas boas práticas e entenda que vai causar impacto na população”, ressaltou a reitora.

Foto: Vivian Honorato

Sobre os projetos – A secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy Fernandes, explicou que os projetos, apesar de já serem desenvolvidos, agora passaram por uma reformulação e a visita à Anhanguera visou reafirmar essa parceria. Isso porque, o Projeto Acolher agora atenderá também as mulheres que estão sofrendo com a depressão e ansiedade, além das enlutadas pela Covid-19.

“Estamos aqui novamente para renovar esses projetos que foram tão bem-sucedidos nos anos passados. Tivemos muitas mulheres encaminhadas para os setores de fisioterapia e psicologia que nos deram um retorno muito positivos. Esse é o aspecto mais importante, porque elas estão sendo atendidas e estão retornando com vontade de continuar o atendimento, o que demonstra a importância da universidade e a excelência dos cursos que são ofertados pela Anhanguera, por isso nosso agradecimento”, afirmou Fernandes.

O Projeto Acolher e o Projeto Bem-Estar.Com prestam atendimento com os alunos estagiários dos cursos de graduação em Psicologia e em Fisioterapia, respectivamente, supervisionados por docentes e monitores. Antes de serem atendidas, os pacientes passam por uma triagem e, posteriormente, os atendimentos podem acontecer de forma individualizada ou em grupos, conforme as necessidades e o perfil dos inscritos. As mulheres selecionadas para essa nova etapa dos projetos serão encaminhadas para atendimento tanto na unidade da universidade do Jardim Piza quanto da Gleba Palhano.

Foto: Vivian Honorato

Segundo a diretora do Centro de Oficinas para as Mulheres (COM), responsável pelo encaminhamento das pacientes, Lisnéia Rampazzo, pesquisas recentes têm mostrado que 30% da população atualmente está sofrendo as sequelas psíquicas e físicas da Covid-19. “As pesquisas dizem que estamos vivendo uma segunda pandemia, que é de ansiedade e depressão devido à Covid-19. E, em função desse sofrimento, psíquico e físico, o projeto Acolher foi reformulado e renovada a parceria”, elucidou.

As mulheres que tiverem alguma dúvida ou quiserem se inscrever devem telefonar para o COM, no (43) 9 9945-0056. As inscrições serão realizadas pelas servidoras do Centro de Oficinas para as Mulheres (COM), que encaminhará a lista das interessadas para Clínica de Psicologia e Fisioterapia da Anhanguera Catuaí.

Projeto Acolher – No momento, por meio da parceria com a SMPM, o Projeto Acolher vai abrir 28 vagas, para o atendimento focado no tratamento de ansiedade, depressão e síndrome do pânico decorrentes da Covid-19. De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia, Daniele Dower Ronqui, esse seguimento foi o selecionado devido ao aumento da demanda que tem chegado até os consultórios.

Foto: Vivian Honorato

“O quadro de ansiedade, síndrome do pânico e depressão aumentou muito com a perda de familiares e essas mulheres não tinham acesso ao atendimento, porque geralmente estão em vulnerabilidade social e aqui elas conseguiram ter, com um fluxo maior e com continuidade. Elas sempre relatam que o atendimento é muito importante, que elas gostam e não querem sair, por exemplo, esse semestre elas já entraram em contato com a clínica solicitando novamente. Isso faz muita diferença para os relacionamentos e para elas terem uma qualidade de vida melhor, porque querendo ou não quando se fica na fase de enlutamento por muito tempo, você não consegue se relacionar muito bem com as outras pessoas”, contou a coordenadora de Psicologia.

Além do projeto, a Clínica de Psicologia da Anhanguera Catuaí (Unopar) atende à demanda da comunidade externa (homens e mulheres) durante o ano todo. As pessoas interessadas em buscar ajuda, que não se encaixam no perfil do Projeto Acolher, devem telefonar para o (43) 2105-7171, que também é WhatsApp. A clínica funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h, e, nos sábados, das 8h às 12h. Para o atendimento externo é cobrada uma taxa social de R$ 10,00 e há uma fila de espera de 40 pessoas. Ao todo, quase 100 graduandos de psicologia atendem nesse espaço.

Foto: Vivian Honorato

Projeto Bem-Estar.Com – A coordenadora do Curso de Fisioterapia Anhanguera, Patrícia Maria Januário Araújo, explicou que os atendimentos são feitos desde 2021, inicialmente com foco na Covid-19, por isso grande parte baseou-se em sequelas das síndromes respiratórias e em reabilitação pós-Covid.

Hoje, o foco está nas sequelas da Covid-19 e em outras áreas da saúde da mulher. Entre elas serão recebidas mulheres com queixas voltadas à gestação, ao puerpério, problemas ginecológicos como dispareunia (dor na relação sexual), Tensão Pré-Menstrual (TPM), dores devido à dismenorreia (cólica menstrual), climatério e incontinência urinária, além de Pilates. “Como algumas especialidades estão fragilizadas e com alguma fila no processo de saúde das UBSs, e aqui o atendimento consegue ser mais rápido, porque priorizamos a lista de mulheres que vêm a partir da SMPM, as mulheres ficam felizes com o atendimento prestado”, afirmou Araújo.

Foto: Vivian Honorato

Os alunos de Fisioterapia ficam em torno de três meses por semestre atuando na clínica. Ao todo, de 2021 até o momento, eles ajudaram a atender cerca de 200 pessoas, sendo 64 destas, as integrantes da parceria com a Prefeitura.

As pessoas que não conseguirem aderir ao tratamento via Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres podem entrar em contato com a Clínica, pelo número (43) 2105-7176 que também é WhatsApp. No caso da comunidade externa, é cobrada a taxa social de R$ 10,00 por atendimento. A Clínica de Fisioterapia da Anhanguera (Unopar) presta atendimentos em saúde da mulher, ortopedia, infantil, neurológicos, cardiologia e outros.

O vice-prefeito, João Mendonça, também acompanhou a visita oficial à instituição de ensino superior.

Etiquetas
Mostrar mais

Ana Paula Hedler

Gestora de Comunicação, formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, especialista em Comunicação com o Mercado pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Compartilhamentos