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Biblioteca Pública Municipal recebe Exposição Rosa dos Ventos Dragon Boat

Sessão fotográfica, que mostra equipe de canoagem com sobreviventes do câncer de mama, vai até 20 de julho; entrada é gratuita

O projeto Rosa dos Ventos Dragon Boat iniciou na terça-feira (20) uma exposição fotográfica montada na Biblioteca Pública Municipal Pedro Viriato Parigot de Souza (avenida Rio de Janeiro, 413), cujo foco é valorizar pessoas sobreviventes do câncer de mama. A mostra poderá ser visitada até o dia 20 de julho, aberta ao público das 7h30 às 18h, de segunda a sexta-feira. Ao todo, serão apresentadas 28 imagens temáticas feitas por apoiadores do Foto Clube de Londrina: Ana Virgínia Sampaio, Cleusa Migliorini, Lucinea Rezende, Manoel Luiz Liziero e Marisa Colares, registrando os momentos vividos pela equipe de canoagem do projeto.

Divulgação

Nascido em 2020, o projeto Rosa dos ventos Dragon Boat foi criado para sobreviventes de câncer de mama, graças ao incentivo da primeira remadora rosa do Brasil, Cleusa Alonso, e faz parte do Movimento Remadoras Rosa do Brasil. A iniciativa chegou a muitas mulheres, incentivando o cuidado com a saúde por meio do exercício físico. A última exposição foi feita no Outubro Rosa, quando o projeto completou dois anos, caracterizando o mês que homenageia estas sobreviventes, sempre lembrando da importância de fazer exames constantes para prevenir futuras complicações.

A prática de canoagem em um Dragon Boat, conforme idealizado pelo médico canadense Dr. Donald McKenzie, pode não só prevenir como diminuir linfedemas, pelo efeito da repetição de remadas, exigidas para movimentar especificamente esse modelo de embarcação, bem como melhorando a amplitude dos movimentos dos
membros superiores.

A presidente do Instituto de Sobreviventes de Câncer de Mama Rosa dos ventos, Maria Luiza Kasuya, ressalta a importância de o projeto ser cada vez mais conhecido, para que mais mulheres que sobreviveram ao tratamento de câncer de mama possam se ajudar e incentivar a buscar mais saúde através do esporte.

“Ao remar, queremos levar uma mensagem de esperança, mostrar que existe vida após o câncer. Queremos levar alegria, amizade, respeito, coragem e ajuda mútua. Já temos no Brasil quase 20 equipes de remadoras rosa, alcançando quase todos os estados. Somos reconhecidas pelo órgão internacional IBCPC, além de sermos a primeira equipe do Brasil a remar sozinha com 22 sobreviventes de câncer de mama.” declarou Kasuya.

Foto: Liz Souza / Divulgação

A exposição na Biblioteca Pública Municipal de Londrina vem como uma forma de divulgar esse projeto, para que mais mulheres tenham vontade de participar. Maria Luiza Kasuya comentou que os treinamentos geram mais saúde e reforçam a amizade entre as mulheres, e, por isso, se tornam momentos  tão prazerosos. “Conseguimos perceber que remar melhorou nossa flexibilidade dos membros superiores, diminui o risco de linfedemas, e melhorou a autoestima e a camaradagem entre o grupo, já que todas as vezes que colocamos o barco na água é um enorme desafio e temos que remar em sincronia. Tomar sol, sentir o vento, ouvir o silêncio, concentrar, rir, respeitar o ritmo de amigas, tudo isso está envolvido.” explicou.

Hoje este projeto faz parte da vida de diversas mulheres que se motivam por todos os estados brasileiros, conversando sobre as vivências individuais de cada pessoa que passou pelo tratamento, e mostrando que o câncer de mama é uma batalha que pode ser vencida.

Sobre o projeto – A Rosa dos Ventos Dragon Boat Londrina realiza treinos no Iate Clube de Londrina
duas vezes por semana, com a participação do técnico Gelson Moreira Souza. A equipe está devidamente cadastrada na Confederação Brasileira de Canoagem e no IBCPC – International Breast Cancer
Paddlers Commission, órgão máximo de reconhecimento internacional das remadoras sobreviventes de câncer de mama.

No dia 20 de novembro de 2022, a equipe Rosa dos Ventos Dragon Boat Londrina recebeu o certificado assinado pelo Dr. Donald Mckenzie, reconhecendo a equipe como “a primeira equipe rosa brasileira a realizar os treinos em dragon boat com vinte e duas sobreviventes de câncer de mama, sendo vinte remadoras, uma timoneira e uma ritmista”.

Já em março de 2023, houve a participação de uma integrante da equipe – Maria Luiza Kasuya – na primeira competição de Dragon Boat para sobreviventes de câncer de mama no Pan-americano no Panamá. Kasuya preside o grupo, fazendo parte da diretoria também as sobreviventes de câncer de mama Isabela M.F. Biondo, Eliane A. da Silva, Cristina de Fátima Ramos, Nanci Tiyoko Kai, Maria Alice S. Perfetto, Dione Lolis, Lourdes S.
Coutinho e Márcia Cavenaghi.

Segundo Kasuya, a prática desta atividade é “o privilégio de ter a disposição o maravilhoso Lago Igapó para remar e apreciar lindos cenários ao lado das amigas, fortes e vencedoras. Isto tem dado ao grupo cada vez mais entusiasmo e a convicção de estarem seguindo a melhor direção rumo a sua saúde”, concluiu.

Texto: Giulia Carradore, com informações oficiais da assessoria do Instituto de Sobreviventes de Câncer de Mama Rosa dos Ventos; sob supervisão dos jornalistas do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina

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