Londrina Pazeando e Compaz promovem círculos de diálogo na Unifil
Encontros, que serão realizados entre quarta (5) e quinta-feira (6), terão a participação de 120 alunos do curso de Direito

Alunos do curso de Direito do Centro Universitário Filadélfia (Unifil) vão participar, a partir desta quarta-feira (5), de círculos de diálogo da prática restaurativa. Os encontros serão liderados por voluntários, e fazem parte de uma parceria entre a instituição, o Conselho Municipal de Cultura de Paz (Compaz) e o Movimento Londrina Pazeando.
Por meio dessa iniciativa, os 120 estudantes terão contato prático e teórico com a técnica da Justiça Restaurativa. As atividades foram propostas e intermediadas pelo professor de Direito João Ricardo Anastácio da Silva, do projeto Restaurando Londrina.
Os seis círculos de diálogo serão realizados entre quarta (5) e quinta-feira (6), sendo três com turmas da manhã e outros três no período noturno. Antes dos círculos, o secretário do Compaz, Luis Cláudio Galhardi, efetuou duas palestras para apresentar, aos estudantes, o que é a Justiça Restaurativa, os conceitos de violência e não violência, bem como as ações e atividades que o Movimento de Educação pela Cultura de Paz tem desenvolvido em Londrina há mais de 20 anos.

Essas palestras, com cerca de uma hora e meia de duração, foram uma etapa introdutória para os círculos de diálogo. Agora, os estudantes terão a vivência das rodas de conversa para praticar a escuta ativa como ferramenta para solução de conflitos. Segundo Galhardi, os círculos serão conduzidos por oito voluntários capacitados em Justiça Restaurativa. “O círculo de diálogo é um lugar de escuta, onde todos vão poder falar e serem ouvidos ativamente. Serão colocadas perguntas para desenvolver o tema e, com o objeto da palavra, cada um fala em sua vez. Nesses dois dias, vamos tratar de ESG e a Agenda 2030, e o que os participantes fazem em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs)”, adiantou.
ESG, sigla em inglês para Environmental, Social and Governance (Ambiente, Social e Governança), corresponde a um dos tópicos alinhados à cultura de paz, assim como os ODSs e a Agenda 2030, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), e a própria Justiça Restaurativa. “A Justiça Restaurativa, é muito importante para a formação deles. Esse movimento está presente no mundo há mais de 30 anos; e no Brasil, há cerca de 10 anos, ganhou bastante força no Judiciário. Mas ainda há muitos juízes e advogados que não têm grande afinidade. A ideia não é substituir a Justiça Retributiva pela Restaurativa, mas aplicar para complementar. E como a Justiça Restaurativa é uma grande ferramenta para fazer a construção da cultura de paz, eles vão utilizar essas horas de extensão para se integrar ao movimento. Considero essa ação extremamente positiva; é nossa primeira iniciativa formal com uma instituição privada de Ensino Superior”, apontou o secretário do Compaz.
Em uma última etapa, os alunos poderão aderir às atividades do Londrina Pazeando e Compaz para computar como práticas de extensão, necessárias e obrigatórias na graduação. As opções incluem participação nos Abraços pela Paz, Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência, Semana Municipal da Cultura de Paz, entre outras.