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LIRAa de 2024 mostra cenário de alerta para a infestação do mosquito Aedes aegypti

Londrina acusa um Índice de Infestação Vetorial Predial de 3,3%, enquanto o índice considerado aceitável tem de estar abaixo de 1%

Na manhã desta terça-feira (12), a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apresentou os resultados do segundo Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2024. Com uma amostragem de 9.808 imóveis vistoriados entre os dias 21 e 26 de outubro, em todas as regiões urbanas da cidade, foi identificado um Índice de Infestação Vetorial Predial (IIVP) de 3,3%. Isso significa que, a cada 100 imóveis vistoriados, em três foram encontrados a larva do mosquito da dengue.

O trabalho de coleta e análise realizado pelos Agentes de Combate à Endemias (ACEs) mostra que 90% dos focos positivos estão dentro das casas, mais especificamente em vasos de plantas e bebedouros de animais. Os outros 10% foram encontrados em recipientes em desuso armazenados nos quintais.

Foto: Vivian Honorato

A região oeste é a mais afetada, apresentando um Índice de Infestação Vetorial Predial de 3,70%, seguida pela região sul com 3,68%, e região norte com 3,58%. A região leste apresentou índice de 2,95% e a região central 2,63%. No bairro Jardim Primavera, dos 100 domicílios visitados, em 23 foram encontrados focos de Aedes aegypti (23%). Na sequência da lista de bairros mais afetados aparecem o Jd. Maravilha, com 18,2% de casas positivadas; Jd. Maringá 16,7%; Jd. Marabá (16%); Conj. Vitória Régia (14,3%); e Jd. Santo André (12, 9%).

Conforme a escala de Análise de Risco Entomológico seguida pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o IIVP acima de 3,9% é considerado de risco. Entre 1% a 3,9% é estado de alerta e abaixo de 1% é satisfatório.

Foto: Vivian Honorato

O secretário de Saúde, Felippe Machado, participou da apresentação do LIRAa e indicou a necessidade de alerta da população em relação aos níveis de infestação. “Os resultados apontam que nós temos focos e criadouros espalhados em todas as regiões da cidade, e há a necessidade de um sinal de alerta por parte da população. No ano de 2024, o Brasil atravessou a maior epidemia de dengue da sua história. No Paraná, e consequentemente em Londrina, não foi diferente. Nossos esforços agora são para que em 2025 a gente não tenha uma nova epidemia em Londrina”, apontou.

O resultado deste LIRAa foi apresentado no auditório da Associação Médica de Londrina, na avenida Harry Prochet, 1055, em reunião do Comitê Gestor Ampliado da Dengue. E contou, também, com a presença da diretora de Vigilância em Saúde, Fernanda Fabrin, e com a apresentação do Gerente de Vigilância Ambiental, Nino Ribas.

Ações contra a dengue

A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina emprega várias ações de combate a dengue, entre elas está o método Wolbachia, que consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia. Ela impede que os vírus da dengue se desenvolvam no inseto, evitando a transmissão das doenças. Estes mosquitos, chamados de Wolbitos, não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças.

Foto: Emerson Dias/Arquivo

Outra ação importante é a disponibilização da vacina contra a dengue para crianças de adolescentes de 10 a 14 anos. O imunizante está disponível por livre demanda em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), basta comparecer à unidade com documento de identificação e carteirinha de vacinação.

Além disso, são feitas aplicações de inseticida residual, atividades educativas em escolas sobre a prevenção de arboviroses, e mutirões de limpeza em localidades que apresentam aumento de incidência de casos.

Em 2024, Londrina registrou 68.151 casos notificados até o momento, com 41.552 casos confirmados e 20.416 casos descartados. Outros 6.183 casos ainda estão em análise, 52 óbitos foram registrados.

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