Londrina sedia Oficina Estratégia Alimenta Cidades, do Governo Federal

Na última segunda (17) e terça-feira (18), foram realizadas as atividades da oficina Estratégia Alimenta Cidades, iniciativa do governo federal que busca ampliar o acesso a alimentos saudáveis. Durante os dois dias, os participantes puderam contar com uma programação recheada de apresentações de trabalhos, mesas redondas, visitas técnicas e outras ações.

A iniciativa foi promovida pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e Instituto Comida do Amanhã.

Claudia Bocca, coordenadora do Observatório de Alimentação, Nutrição e Saúde, explicou que Londrina foi um dos 60 municípios brasileiros selecionados como prioritários para adesão ao programa. “A Estratégia Alimenta Cidades orienta sobre as políticas alimentares urbanas para todas as cidades brasileiras, mas para fim de apoio técnico e institucional do governo federal, nós temos trabalhado nesse primeiro ciclo de implementação, priorizando 60 cidades de todas as regiões brasileiras. Londrina foi considerada uma das cidades prioritárias e atendeu o nosso convite em participar da iniciativa”.

Ainda segundo Bocca, o projeto prioriza populações em situação de vulnerabilidade, tendo como objetivo “ampliar e melhorar o acesso à produção e disponibilidade de alimentos saudáveis nas cidades, especialmente nas periferias urbanas e áreas em situação de risco e vulnerabilidade social”, concluiu.

Durante o primeiro dia de programação, os participantes se reuniram no Anfiteatro do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa) da UEL para uma programação voltada para discussões e apresentações de trabalhos. A diretora de Abastecimento da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, Amanda Andrello Costa, destacou a apresentação do diagnóstico situacional do Município de Londrina feita na ocasião. “A participação das três esferas de governo, juntamente com a sociedade civil e as universidades, foi muito importante para fazer o debate destes dados nos grupos de trabalho que aconteceram ao longo do primeiro dia. Também contribuiu para a indicação de potencialidades e fragilidades nesta área, além da complementação de informações e do direcionamento de ações prioritárias”.

As atividades se prolongaram até o dia seguinte, com visitas técnicas que perpassaram tanto as áreas rurais quanto urbanas do município. “Os participantes puderam conhecer a agroindústria de milho instalada no Assentamento Eli Vive I e o projeto Sacolas Camponesas numa propriedade certificada como orgânica. E, na área urbana, estiveram no Restaurante Popular, nas hortas comunitárias e por fim visitaram o projeto Abelhas sem Ferrão, desenvolvido pela SME”, comentou Costa.

O evento contou com representantes da sociedade civil, incluindo estudantes universitários das áreas de nutrição e assistência social, bem como integrantes de sindicatos, cooperativas de agricultura familiar e cursos técnicos das áreas de alimentos. Também participaram membros da Cáritas Arquidiocesana, Casas de Apoio, Conselhos Municipais, Caisan-LD (SMAA, SMAS, MAS, SME, AMS, SMPOT), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, representantes do governo de Estado – SEAB, IDR-PR e representantes do governo federal – MDS e Instituto Comida do Amanhã.

Segundo Costa, através das atividades propostas, os participantes puderam perceber a dimensão desta política pública, como ela é presente em diversas áreas de atuação e como ela faz diferença na vida das pessoas. “O direito a uma alimentação adequada, saudável, é direito fundamental garantido constitucionalmente, e os gestores precisam abraçar este direito e investir fortemente em estrutura, recursos humanos e orçamentários para que ele seja efetivo na vida dos cidadãos”, sublinhou.

Texto: Maria Dalben, sob supervisão dos jornalistas do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina.