Programa Banco de Ração faz doação para 10 mil cães e gatos de Londrina
Ao todo, são quase 700 tutores temporários beneficiados pelo Banco de Ração; trabalho é coordenado pela CMTU, via núcleo do Bem-Estar Animal

Mais de 10 mil animais são beneficiados pelo programa “Banco de Ração”, implantado por meio de lei municipal em junho de 2018. Todos eles, castrados ou não, são atendidos por 678 tutores devidamente inscritos no núcleo de Bem-Estar Animal da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). O órgão faz a gestão do projeto da Prefeitura que, ao longo desta sexta-feira (28), promoveu a distribuição de 13 mil quilos de ração de cão e 11 mil de gato.

A chamada de hoje atendeu 240 tutores. São munícipes de baixa renda que possuem “CadÚnico” e também protetores independentes cadastrados na CMTU. As rações são gratuitas, sem quaisquer custos ou taxas. Cada beneficiário recebe 7,5 quilos de ração por cão e 3,7 quilos por gato a cada entrega, que ocorre todos os meses, na forma de rodízio, com grupos diferentes de beneficiários.
“Quando eles fazem cadastro [para receber as rações] os protetores e cuidadores independentes falam a quantidade de animais que possuem. Depois, nós vamos até o local, verificamos e confirmamos a quantidade”, explicou o gerente do núcleo de Bem-Estar Animal da CMTU, Éder Campos. “Para receber as rações ininterruptamente o beneficiário precisa diminuir a quantidade de animais informada porque, se por acaso aumentarem, eles podem perder direito ao benefício.”
Campos disse que a redução na quantidade de animais é importante para caracterizar que o beneficiário é um protetor contemplado pela lei do Banco de Ração. “Se aumenta a quantidade ele não é protetor, é acumulador, porque o acumulador só aumenta o número de animais”, frisou.

A definição de “protetor” é o cidadão que acolhe temporariamente os animais. “Protetor é a palavrinha que define a pessoa que vai dar um lar temporário para esses animais e colocar depois para adoção”, salientou Éder Campos.
Doação importante – O garçom Mauro Pereira de Carvalho, morador no Conjunto João Paz, na zona norte, esteve na distribuição e considera importante a participação da Prefeitura na doação da comida, uma vez que os cuidadores, de modo geral, já passam por transtornos e necessidades naturais por causa dos animais. Ele tem cinco cães. “Esta e primeira vez que eu estou vindo pegar ração”, contou. Segundo Carvalho, o serviço público oferece duas coisas boas: a doação de ração e o Hospital Veterinário.
Quem também esteve na fila do Banco de Ração da prefeitura/CMTU é o professor e mestre de luta hapkido, Donizete Valdeci Bruno, que mora no Conjunto Vista Bela, na zona norte, e esteve no local para receber os sacos em nome da filha, que tem oito cães e, há mais de dez anos, sempre foi cuidadora: “Espero que eu consiga retirar a comida dos bichos. É primordial, porque minha filha gasta sozinha quase 2 mil reais por mês para manter os animais”, relatou.
A professora Thaíse Molin de Almeida, que no momento cuida de dois cães e um gato no Jardim Colinas, na zona oeste, é outra que acha o Banco de

Ração bastante positivo, mas observa que precisa aumentar a quantidade da oferta do produto. “O programa é importante, mas infelizmente não supre todas as nossas necessidades”. Ela reconhece que não dá para atender integralmente, mas espera que os serviços melhorem com o tempo.
Inscrições – Para se inscrever e se beneficiar do Banco de Ração municipal o interessado deve comparecer pessoalmente na companhia, preencher a ficha de cadastro e apresentar os documentos pessoais (RG, CPF, comprovante de endereço e CadÚnico, quando for o caso), entre outros. Posteriormente será feita uma vistoria na residência para efetivação do cadastro e integração do interessado no programa.
É imprescindível possuir o CadÚnico ou ser protetor devidamente cadastrado na companhia. A inscrição no programa é permanente e, eventualmente, técnicos do Bem-Estar Animal podem solicitar o recadastramento dos benefícios.
A CMTU faz a gestão do programa “Banco de Ração” municipal desde abril de 2024. Antes quem se responsabilizava era a Secretaria Municipal do

Ambiente (Sema). A Sema continua fazendo a aquisição das rações, e a CMTU cuida de toda a operação, do cadastro e da distribuição. A partir de janeiro de 2026, a aquisição das rações também passará a ser feita pela própria companhia.
Para mais informações sobre o programa “Banco de Ração” municipal o interessado pode entrar em contato pelo (43) 99994-8677 ou 3379-7925.