Prefeito autoriza início da restauração do Museu de Arte de Londrina
Tombado como Patrimônio Cultural do Brasil, prédio vai ganhar climatização, paisagismo e sistema de alarme e monitoramento, entre várias outras melhorias; obra deve durar sete meses

A ordem de serviço que autoriza a segunda etapa das obras de restauração do Museu de Arte de Londrina, foi assinada pelo prefeito Tiago Amaral, na manhã desta terça-feira (1º), em uma solenidade na área externa do prédio. O espaço, que já abrigou o Terminal Rodoviário da cidade, há mais de 50 anos se tornou Patrimônio Estadual do Paraná e, desde 2021, foi tombado como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O valor máximo da obra, que pelo edital seria de R$ 1.750.000,00, acabou ficando em R$ 1.719.000,00, sendo cerca de R$ 1.000.000,00 de recursos da Lei Aldir Blanc e R$ 420 mil do Ministério do Turismo, por meio de uma emenda parlamentar do deputado federal Padovani. O restante, aproximadamente R$ 300 mil, são de recursos próprios do Município.
Responsável pela revitalização do Museu de Arte de Londrina, a NS Engenharia e Construções venceu outras 11 empresas que disputaram o certame e terá 210 dias (sete meses) para concluir os serviços. Por ser um prédio tombado, as obras no Museu de Arte de Londrina não podem alterar as características originais da edificação.

Além da parte elétrica e hidráulica, as melhorias incluem ainda a climatização completa de todos os espaços do museu, troca do piso do subsolo e do segundo andar, novo revestimento cerâmico nos banheiros e na copa, novas luminárias e a impermeabilização da marquise da entrada e das paredes do subsolo. Com a revitalização, o prédio também receberá pintura geral, paisagismo na fachada da Rua Sergipe e sistemas de alarme e monitoramento. Como é um edifício tombado, os pisos originais do térreo e do primeiro andar serão mantidos.
Essa etapa da revitalização vai concluir as obras iniciadas em 2019 e cujo investimento foi de R$ 1,2 milhão. Desde 2020, quando foi concluída a primeira etapa da reforma, que durou pouco mais de um ano e priorizou a parte estrutural, o Museu de Arte deixou de receber visitantes e permanece fechado ao público.
O prefeito Tiago Amaral ressaltou a importância do prédio, projetado pelos arquitetos Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi e onde funcionou a primeira rodoviária da cidade, como um patrimônio cultural de todos os londrinenses.

“Uma das principais ações aqui é a questão da instalação do ar-condicionado para essa estrutura, porque o museu realmente precisa, tanto para o maior conforto do público quanto para a exibição das obras. Então, temos R$ 1,7 milhão de investimento que nós estamos fazendo aqui, colocando toda a velocidade, acelerando o máximo possível”, garantiu o prefeito.
O prefeito também falou sobre as obras em outro espaço cultural da área central da cidade, o Teatro Zaqueu de Melo. Inaugurado em 1985, o prédio, com mais de 270 metros quadrados e capacidade para cerca de 200 espectadores, homenageia o professor pioneiro de Londrina.
“Nós temos que acelerar a cidade, destravar e fazer acontecer. E o nosso Zaqueu de Melo, quando nós pegamos, não tinha nenhuma perspectiva de voltar e nós colocamos toda a força necessária para aprovar esse projeto junto ao Corpo de Bombeiros, que a gente sabe que é o momento mais desafiador de um licenciamento. Foram oito anos aguardando e nós conseguimos destravar isso já nos primeiros cem dias de mandato. Agora, a gente vai fazer a parte de orçamento, que fica a cargo da Secretaria Municipal de Obras e é algo relativamente rápido e estamos avaliando se vamos precisar fazer alguma atualização no projeto. Acredito que nos próximos meses, a gente já tenha a licitação para essa obra tão importante para a nossa população”, finalizou o prefeito.
O secretário municipal de Cultura, Marcão Kareca, lembrou o cuidado que a obra exige para garantir a manutenção das características originais do prédio, tombado como patrimônio histórico e cultural paranaense e nacional.
“É preciso manter todas as características, ou seja, as cores, escada, gradil. O ar-condicionado, por exemplo, tem que ter todo o cuidado porque não pode mexer em qualquer tipo de característica original da edificação. Vamos entregar para a população um espaço com muito mais conforto e tecnologia, para poder receber bem as pessoas”, disse Kareca.