Cidadão

Carolinaa Sanches lança “É (Remix)”, nova versão produzida por Tata Ogan (RJ)

Faixa será lançada em 30 de novembro, ganhando som e imagem em um rito contemporâneo de ancestralidade e futuro

O lançamento de “É (Remix)” ocorre no dia 30 de novembro de 2025, em todas as plataformas digitais, tanto o single quanto o videoclipe, com distribuição pela Nikita Music. Depois do álbum Curva de Rio (2022), sua estreia solo, a cantora, compositora e artista visual Carolinaa Sanches apresenta a faixa que encerra o disco original em uma nova roupagem sonora e visual. O remix é assinado pela produtora musical Tata Ogan (RJ), e o videoclipe, dirigido pela própria Carolinaa, reafirma o diálogo entre corpo, som, espiritualidade e tempo.

Gravada originalmente no Estúdio Toqô (Londrina), por Gabriel Kruczeveski, a canção “É” se trata de uma canção-mantra, de reverência, que se enraíza nos ritmos de terreiros das religiões de matriz africana e ecoa o princípio da coexistência. A faixa reflete sobre o individual e o coletivo, reivindicando o respeito às diferenças e cantando a ideia do “junto ser único” — encontro entre o eu e o coletivo, o singular e o comum, a dança e o transe.

Foto: Divulgação

A versão original reúne vozes de Carolinaa Sanches, Edna Aguiar, Guilherme Kirchheim, Thunay Tartari, Isabela Lorena, Naná Souza, Mariana Franco, Thais Hamer e Maria Thomé; estas duas também tocam os tambores que dão corpo ao canto comunitário. Nessa nova versão, Tata Ogan transforma a pulsação do coco em um terreno híbrido entre o orgânico e o eletrônico, um passeio que vai do ijexá ao drum and bass, da raiz ao chip, fazendo o tambor dialogar com o sintetizador e o barro com o silício. A música se expande para uma dimensão cósmica e atemporal, que atravessa corpo, máquina e espírito.

O videoclipe “É” nasce desse encontro. Gravado entre Casa MangoMango (RJ), Sítio Vinhático (Silva Jardim/RJ) e as areias de Piratininga (Niterói/RJ), o vídeo se desenrola como uma travessia. Duas mulheres — Carolinaa Sanches e Tata Ogan — percorrem os mesmos espaços, repetem os mesmos gestos, se cruzam, se espelham, se perdem, mas não se sabe se encontram de fato. A imagem se move entre sonho e realidade, matéria e espírito, ritual e cotidiano. É um mergulho na busca e no reconhecimento de si no outro.

Foto: Divulgação

A jornada culmina no mar — elemento ancestral e feminino —, onde ambas dançam, confiam no tempo, desfazem-se e se refazem no fluxo das águas. A letra — “pode ser que não pare de ser tanto que é / não só parece, é / de todo profundo mar / mundo fundo que é / junto ser único” — é o fio condutor dessa travessia. O resultado é um trabalho que funde música, imagem e corpo, num convite à imersão sensorial e simbólica.

Equipe – Com direção de Carolinaa, roteiro de Carolinaa e Caruh Spisla, operação de câmera de Dan Maia, montagem e colarização de Stephanie Massarelli, styling e consultoria de make de Bi Pieratti e assistente de set Lucas Fidelis, o clipe é uma experiência sensorial que costura música, imagem e ancestralidade. A produção musical do remix é de Tata Ogan, com mixagem de Ramiro Galas e masterização de Tiago Sena (in memoriam). O projeto conta com patrocínio da Lei Paulo Gustavo e apoio da Secretaria Municipal de Cultura, via Promic.

Carolinaa Sanches é artista visual, designer gráfica amadora, compositora, cantora e produtora cultural. Licenciada em Educação Artística com habilitação em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) com intercâmbio na Facultad de Bellas Artes da Universidad de Vigo, na Espanha. Atua há mais de uma década no campo das artes visuais, com práticas que atravessam produção gráfica, curadoria, expografia, impressão artesanal e publicações independentes.

Carolinaa compõe e canta — lançou dois álbuns com a Caburé Canela, Cabra Cega (2018) e Cabeça de Cobre (2021), além de quatro videoclipes e dois documentários. Com a Pisada da Jurema, lançou em 2025 o primeiro álbum do grupo, intitulado Atunbi: Festejo do Tempo, e o videoclipe da música Guarnicê. Em 2022, lançou Curva de Rio, seu primeiro álbum solo, com diversas parcerias e participações, incluindo Alzira E e Gustavo Galo, e parcerias também com Fernanda Branco Polse, tanto em seu álbum quanto no disco dela. Ao lado da Caburé Canela, já participou dos principais festivais e palcos do sul do Brasil — Festival Circulasons com o show Rio de Raízes em parceria com Alzira E, Festiban no SESC Curitiba, SESC Thermas, Cadeião, Festival dos Pássaros Alternativos em Ponta Grossa (PR), FIMS em Curitiba (PR), Festival Não Vai Ter Coca em São Francisco do Sul (SC), Festival Resistência Pirata, Show Livre, entre outras turnês e apresentações.

Tata Ogan é produtora musical, percussionista e artista sonora com forte presença na cena contemporânea brasileira. Como produtora, assina remixes e criações autorais para artistas como Arnaldo Baptista (Mutantes), Samuca e a Selva, Batucada Tamarindo e Mano Chao, além de desenvolver parcerias inéditas com Juliana Linhares, Doralyce, Luana Flores, Vovô Bebê, Deize Tigrona e Cícero. Sua linguagem rítmica e experimental também marca presença em apresentações ao lado de nomes como Gabriel Grossi, Jessica Caitano, Lurdez da Luz, Gerson King Combo, Simone Sou e Carlos Malta. Unindo batidas afro-brasileiras, música eletrônica e paisagens sonoras imersivas, Tata constrói uma obra que entrelaça ancestralidade e inovação. Além dos palcos, atua na criação de trilhas e experimentações que atravessam diferentes territórios artísticos, firmando-se como uma das produtoras musicais mais potentes do Brasil.

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